Saúde

Hospital da Feira cresce na participação em ensaios clínicos

O Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira, revelou uma crescente participação em estudos clínicos, afirmando que, após 18 investigações em 2018, este ano já realizou 26 testes à eficácia de novos fármacos e técnicas.

De acordo com o presidente do conselho de administração (CA) do Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga (CHEDV), Miguel Paiva – que tutela os hospitais da Feira, São João da Madeira e Oliveira de Azeméis –, esse volume de ensaios clínicos é particularmente “relevante a nível nacional em comparação com outras instituições da mesma dimensão e tendo em conta o quadro de recursos afectos a esta unidade”.

Os resultados dos estudos e o nome dos fármacos e técnicas terapêuticas sujeitos a investigação no Centro de Estudos Clínicos, criado em 2016, não podem ser divulgados devido a requisitos legais de confidencialidade, mas o administrador do CHEDV diz que em causa estão testes em seres humanos nas áreas da Oncologia, Oftalmologia, Gastroenterologia, Pediatria e Neurologia.

No caso da Oncologia, por exemplo, a equipa envolvida nos ensaios de segurança e eficácia tem-se debruçado sobretudo sobre novos produtos para tratamento do cancro do pulmão, da mama e do sistema digestivo. Já no caso da Gastroenterologia, as investigações têm incidido mais sobre a doença de Crohn e a colite ulcerosa, e, no que se refere à Neurologia, o foco principal tem sido a doença de Parkinson, a esclerose múltipla, os acidentes vasculares cerebrais e as demências.

Miguel Paiva sublinha que este trabalho de pesquisa “tem um papel crucial no desenvolvimento da investigação clínica do CHEDV”.

“A organização interna foi decisiva para a diminuição nos tempos de resposta a todos os procedimentos inerentes aos estudos e foi o bom desempenho obtido que determinou o aumento do número de ensaios clínicos”, realça o responsável.

O investimento necessário para desenvolver esses testes é assegurado pelas entidades que solicitam os estudos ao CHEDV e varia consoante a tipologia do produto a analisar.

Em todo o caso, o trabalho desenvolvido no Centro de Estudos Clínicos representa vantagens concretas para determinados utentes do CHEDV, que, uma vez informados sobre os riscos e potencialidades do produto a testar, aceitam participar na respectiva pesquisa para aceder a “terapias inovadoras com elevados padrões de qualidade”.

Miguel Paiva nota que a investigação clínica é cada vez mais reconhecida como parte integrante da actividade hospitalar, sendo um “factor de melhoria da qualidade dos cuidados prestados e do ensino pré e pós-graduado”.

O custo dos estudos é garantido “a 100% pelos seus promotores”, pelo que os ensaios clínicos têm sido encarados “como fonte de financiamento das próprias instituições de saúde, gerando proveitos que, por princípio, devem ser prioritariamente aplicados no desenvolvimento de mais investigação”.

Admitindo que “a criação do Centro de Estudos Clínicos foi um ponto de viragem na história da investigação clínica do CHEDV”, o responsável afirma que o crescente número de projetos aí desenvolvido “também reforça o sentimento de que se poderá ir ainda mais longe”.

Em 2016, essa estrutura começou por desenvolver um total de apenas seis estudos clínicos. Em 2017 os ensaios já foram 16, no ano passado chegaram a 18 e até final de maio de 2019 já se realizaram 26, dos quais 10 na área da Gastrenterologia, oito em Neurologia e seis em Oncologia.

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