Opinião

A Meia ao pé da Praça – Henrique Gomes

Este é sempre aquele momento em que a João de Deus e a Alexandre Sá Pinto se unem através de uma colorida e saltitante multidão de atletas: a data lá vai mudando, lá vai sendo feriado ou domingo, mas o sucesso da organização AFIS é facilmente quantificado pela paleta que estas ruas exibem. Esta união de facto é percorrida, a diferentes ritmos, por atletas em forma de gente e gente que deseja a melhor forma possível. Toda uma diversidade que tenta vencer a adversidade.

Apressados ou arrastados, em grupo ou com aristocrática distância, são pelotões de gente que se faz transportar quase silêncio, a ritmos diferentes, formando corredores justapostos e equilibrados. Colorida movimentação de vários perfis: altos, baixos , os modelares e os nem por isso. Os mais largos, os trinca-espinhas e elas: leves no trajar e no passo.

Corrida esteirada, feita com velocidades e expressões diferentes. Por exemplo, os primeiros, os que tentam por a sua corrida dentro de um tempo preciso, passaram quase sem tocar na calçada e com cara nada amistosa. Ultrapassaram a ligeira subida a passo estugado, respiração apressada, soprada. Mudos, secos, concentrados e com nenhum tempo a perder. Céleres, pareciam perseguir os batedores da polícia!

Depois, muito depois, temos os que têm tempo para sorrir, para desfrutar do momento, aproveitando todos os segundos. Divertidos, descontraídos e comunicativos vão fazendo a sua corrida a ritmo controlado.
No fim, todos acham que valeu a pena e que poderiam ter feito um bocadinho melhor e talvez seja essa a razão de voltar para o ano…

Henrique Gomes

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