Opinião

Afinal, há explicação – Florindo Pinto

 

Já tivemos a oportunidade de comentar e questionar o porquê, junto de figuras ligadas ao poder autárquico, sobre a razão que lhes assiste para a realização das muitas festas e festinhas, que vão acontecendo por aí. É a alegria do povo, foi-nos dito.

Em verdade, o povo tem nessas manifestações a possibilidade de, temporariamente, esquecer ou minimizar as agruras da vida e de esquecer o pagamento dos impostos que abastecem os cofres da Câmara de Ovar.

E, com este “tipo de coisas” e com os dinheiros do povo, a Câmara alimenta a cultura, ao ar livre, “mostra-se” e uma “quantidade” do povo vai dizendo; “isso sim, é trabalho”.

Sou povo e tenho a minha interpretação do “tal trabalho”. E com o decorrer dos tempos e do ouvir aqui e ali, estou a encontrar a explicação para o não cumprimento de algumas promessas eleitoralistas.

Por cá, queixamo-nos do estado de adiantada degradação do Cine Teatro Esmoriztur e, agora, ouve-se, em S. Cristóvão de Ovar, o “grito de alerta” pelo que está a “sofrer” o edifício do Cine Teatro de Ovar.

É. É mesmo assim. As obras de recuperação são de custo elevado e, no imediato, não é considerado de “trabalho”. Logo, entre o esbanjar dinheiro por aí, nas festas e festinhas, no “mostrar eleitoralista”, – tudo termina com o último foguete ou o desmontar da banca – mas as novas eleições estão já ali e o bom senso de investir em bens duradoiros, há que aproveitar a “onda”, num concelho de emoções, alimentando, com o que a todos pertence, a hipótese de se conseguir uma “nova energia”.

Afinal, para tudo existe uma explicação e o conceito de esbanjar ou investir, sempre pode ser explicado.

Florindo Pinto

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