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Artes contemporâneas entre pipas e tanoeiros de Esmoriz

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“Tan Tan Tann” vem das palavras, tanoeiro, tanoaria, e do som “Tann”. Assim nasceu o nome de um evento, com base em Esmoriz, que vai já para a sua segunda edição este ano. O projecto “Tan Tan Tann” une públicos a um evento transdisciplinar onde a arte ancestral da tanoaria se funde com a arte contemporânea. “É devolver um lugar ancestral da comunidade a partir das práticas artísticas. Um potencial catalisador de novos meios de turismo e fixação das populações”, explica nota da organização a cargo da Junta de Freguesia de Esmoriz e do Imaginar do Gigante.

Este é um festival que pretende envolver a cidade e aproximá-la a sua comunidade com um “sentido de pertença quer às artes, quer ao seu património”. “Estar numa tanoaria em funcionamento é aproximar e relacionar a arte da tanoaria com as suas gentes”, garante a organização, que acrescenta que “é poder garantir a sua continuidade, é poder acolher novos conhecimentos e novas reflexões para as práticas artísticas. Podendo no futuro ser um espaço para a criação e difusão de novas linguagens artísticas”.

Nos próximos dias 15 e 16, tal como sucedeu em 2017, a segunda edição consiste num programa interdisciplinar de performances contemporâneas para o público jovem, no espaço vivo da oficina da tanoaria Josafer, em Esmoriz.

As propostas passam pela música electrónica de PZ (Paulo Zé Pimenta), autodidacta que foi aprendendo a mexer em máquinas e a tocar vários instrumentos, desenvolvendo uma sonoridade própria. Ouvindo as suas músicas vemos que a realidade ainda supera a ficção.

A dança também marca presença com a peça “Su8marino”, de Joana Castro, onde os espaços globalizados permanecem, entrelaçados num espaço pessoal, num corpo específico, cheio de referências que se vão desreferenciando em busca de múltiplos.

Projecto com uma clara dimensão artística performativa, em que as linguagens cénicas e audiovisuais convergem em temas como a emigração e imigração, o feminismo, racismo, abusos de poder, guerra e a sátira política, o “Exílio das Moscas”, pelo colectivo espanhol Feira de Leste, traz na bagagem chás, malas, fotografias a preto e branco, soldados de brinquedo, roupas vintage e outros itens, um imaginário compulsivo e extravagante, explorando várias linguagens cénicas.

Há ainda a “Macaca Ramboia”, nome dado ao convívio de tanoeiros quando se juntavam para confraternizar no final de uma grande jornada laboral. O trabalho era duro e a necessidade de descomprimir era necessária, para a continuidade da humanização laboral saudável.
Depois de tanto “Tan Tan Tann”, reuniam-se à conversa, a comer, a beber e a dançar, entre outras excentricidades…

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