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“As causas da doença de Alzheimer são ainda uma incógnita”

No Dia Mundial do Alzheimer, publicamos uma entrevista ao psiquiatra Pedro Silva Carvalho, em que se fala da prevenção como forma de atrasar o aparecimento do Alzheimer, pois as causas da doença são ainda uma incógnita

O que é a doença de Alzheimer?

É uma doença degenerativa do cérebro, na qual os neurónios se deterioram de forma lenta e progressiva, originando uma atrofia do cérebro. É responsável pela destruição global e irreversível das funções intelectuais e é a causa mais comum do declínio intelectual relacionado com o envelhecimento.

Os doentes de Alzheimer apresentam alterações de memória, linguagem, julgamento, cognição e habilidades motoras viso-espaciais e perceptivas.

Quais os principais sintomas?
Os sintomas variam de acordo com o estádio de evolução da doença no tempo. Inicialmente verifica-se perda de memórias recentes, dificuldade em encontrar palavras;, alguma dificuldade em escrever ou utilizar objetos e alterações do humor ou comportamento.

Com a progressão da doença a perda de memória recente é mais acentuada, existe perda de orientação, dificuldade muito expressiva em encontrar palavras, falta de reconhecimento de lugares familiares, alterações de humor ou comportamento e necessidade de ajuda a recordar e a executar todas as tarefas de atividade diárias.

Quais os factores de risco desta doença?

As causas da doença de Alzheimer são ainda uma incógnita, embora se acredite que existam vários fatores de risco envolvidos na doença, como a idade, toxinas ambientais, factores neuroquímicos, baixo nível educacional, traumatismo craniano prévio ou doença cerebrovascular.

Como é feito o diagnóstico?
Em geral, o diagnóstico é feito descartando-se outras possíveis causas de demência.
Para o diagnóstico diferencial, utilizam-se o estudo analítico, electroencefalograma, tomografia axial computorizada cerebral e estudos neuropsicológicos.

Um teste rápido e utilizado com muita frequência para despiste é o teste de Folstein (Mini Mental State) e o teste do relógio.

Quais os tratamentos actualmente disponíveis em Portugal?

As estratégias médicas para combater esta demência baseiam-se na prevenção da doença, no atrasar o seu início e a sua progressão e no tratamento dos sintomas primários (cognitivos) e secundários (comportamentos).

Existe ainda um conjunto de fármacos que pretendem o tratamento através de um atraso significativo na progressão da doença, que são os fármacos inibidores da acetilcolinesterase.

Contudo, é importante referir que está no cuidador uma das peças-chave no combate a esta doença e, por isso, para o cuidador é também preciso educação, treino e consultas; apoio em situações limite; aconselhamento individual e familiar e Grupos de suporte.

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