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Desassoreamento da Ria avança num investimento de 25 milhões de euros

O desassoreamento da Ria de Aveiro, um anseio antigo da região, vai avançar no próximo ano, assegurou o Ministério do Ambiente, adiantando que o Ministro vem esta noite anunciar em Ovar o programa da intervenção

“O concurso da obra para o desassoreamento da Ria de Aveiro tem por objectivo a transposição de sedimentos para optimização do equilíbrio hidrodinâmico, incluindo a delimitação dos canais de navegação, e vai concretizar-se no segundo trimestre de 2017”, dá conta uma nota difundida pelo gabinete do ministro.

Os trabalhos, que deverão demorar cerca de ano e meio, envolvem a movimentação de 1,5 milhões de metros cúbicos de areias e o desassoreamento de mais de 100 quilómetros de canais, cales e esteiros, sendo grande parte dos inertes destinados ao reforço do cordão dunar na costa.

“A obra, lançada pela Polis Litoral, vai beneficiar os municípios de Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Ovar e Vagos e representa a maior empreitada do país na defesa do Litoral e das lagoas costeiras, no presente quadro comunitário”, salienta a mesma fonte.

O desassoreamento da Ria era já considerada a principal obra do programa Polis Litoral Ria de Aveiro, na altura orçada em 14 milhões de euros, através de dragagens e reforço dos diques e motas marginais, mas não chegou a avançar durante a vigência daquele programa.

A sociedade do Polis Litoral Ria de Aveiro concretizou, entretanto, várias intervenções na Ria, reabilitando de zonas de acostagem em diversos pontos, mas subsiste o problema do acesso para os barcos que, devido ao assoreamento dos esteiros e canais, têm de esperar por maré para atracar nas novas infraestruturas, ou não conseguem, de todo, navegar.

Os principais problemas de navegação verificam-se ao norte, no canal de Ovar até ao Carregal, bem como nos esteiros da Murtosa, e do lado sul no canal de Mira, para lá da Vagueira, e no Rio Boco.

Os pescadores queixam-se de ter de esperar por maré para acostar os barcos nos cais que a Polis reabilitou e querem “obras definitivas” que garantam a navegação e acesso permanente aos cais.

Na nota de hoje do Ministério do Ambiente contabilizam-se em 61 milhões de euros os investimentos na defesa do Litoral, no Distrito de Aveiro, o que é justificado “por se tratar da região do país mais afectada pela subida do nível médio das águas do mar”.

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