Política

BE visita obra de requalificação da Barrinha de Esmoriz

 
O BE de Ovar alertou hoje que as obras na Barrinha de Esmoriz, em Ovar, e Lagoa de Paramos, em Espinho, não estarão a assegurar devidamente a despoluição do local, colocando assim em risco a requalificação dessa área protegida.

Em comunicado, a coordenação local do partido afirma ser “preocupação do BE de Ovar – assim como dos grupos autárquicos do BE de Espinho e Santa Maria da Feira – que estas dragagens e as obras de requalificação estejam a ser feitas sem se resolverem os problemas a montante”.

O partido refere-se aos “efluentes da laguna (Ribeira de Rio Maior e Vala de Maceda), que nascem ambos no município da Feira e desaguam em Paramos e Esmoriz” e também às “fontes de poluição difusas a nascente, como ligações clandestinas de esgoto a coletores de águas pluviais e até poluição industrial”.

Alertando que “não resolver estes problemas é continuar a colocar o ónus da poluição sobre as populações locais, a Barrinha e os ecossistemas marinhos da costa, beneficiando apenas o poluidor não pagador”, o BE realça: “Não eliminar a poluição a montante é empurrar o problema com a barriga e comprometer a laguna e a população com a necessidade de novas ações de dragagem no futuro próximo”.

A coordenação do partido admite que a obra nessa área de Esmoriz e Paramos abrangida pela Rede Natura 2000 era urgente e, “quando muito, peca por tardia”, mas levanta ainda outras questões quanto ao andamento dos trabalhos, a começar pela relativa à qualidade dos dragados bombeados para a praia.

“De acordo com o relatório de conformidade ambiental do projeto de execução, apenas os sedimentos de melhor qualidade seriam depositados diretamente na praia. No entanto, o aspeto desses dragados levanta fortes dúvidas quanto à sua qualidade”, refere o comunicado do BE.

Outro aviso do partido prende-se com “recentes informações sobre a possibilidade de a quantidade de dragados ter sido subestimada nas fases preparatórias”, pelo impacto que isso possa ter “do ponto de vista orçamental e de duração dos trabalhos, tendo em consideração a aproximação da época balnear”.

A adequabilidade das espécies arbóreas selecionadas para reflorestação da zona dunar e o período escolhido para o respetivo plantio também preocupa o BE, que indica que “a mortalidade das árvores plantadas nesta zona é de praticamente 100%”.

A Lusa já contactou a Polis Litoral Ria de Aveiro – Sociedade para a Requalificação e Valorização da Ria de Aveiro, S.A., enquanto entidade responsável pela empreitada, mas essa ainda não comentou o assunto. (ver aqui)

 

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