Carnaval

Carnaval da Mealhada prescinde do Rei brasileiro e também regressa ao centro

O Carnaval Luso-Brasileiro da Bairrada, que se realiza na Mealhada, irá abdicar, este ano, de um actor brasileiro como rei dos corsos e promoverá um desfile trapalhão aberto a toda a população, anunciou a organização.

“A novidade é que pela primeira vez em 40 anos a Mealhada não terá um actor brasileiro como rei do Carnaval”, disse Nuno Canilho, porta-voz e secretário da direção da Associação do Carnaval da Bairrada.

De acordo com aquele responsável, a nova direção da associação, eleita em junho de 2014, foi confrontada com a manutenção, ou não, de um actor brasileiro como rei do Carnaval, uma contratação que custaria “30 a 40 por cento” do orçamento total do evento, estimado em 100 mil euros.

Nuno Canilho explicou que perante os “preços muito inflacionados” de contratação de actores brasileiros “de proa” para reinarem no carnaval da Mealhada e o facto de a grande maioria do orçamento ser sustentado por fundos públicos (84 mil euros provêm da autarquia local), foi decidido abdicar do rei brasileiro.

No entanto, o novo “monarca” ainda não foi divulgado e só será conhecido no dia do primeiro corso, a 15 de fevereiro: “Será uma surpresa, apenas divulgada no dia”, frisou, adiantando apenas que é uma escolha “óbvia”.

Apesar de admitir que o Carnaval Luso-Brasileiro da Bairrada é “uma marca distintiva forte” que, ao longo dos anos, se afirmou pela aposta num rei brasileiro, a opção em 2015 centra-se em quatro escolas de samba e grupos de foliões “cada vez mais brasileiros” que vão desfilar no sambódromo Luís Marques em dois corsos (a 15 e 17 de fevereiro) que a organização pretende “mais concentrados” e com um percurso “encurtado e mais intenso” face a anos anteriores.

Uma das novidades de um programa de festividades de 11 dias, entre 07 e 17 de fevereiro, será um desfile trapalhão “tipicamente português”, dia 07, em ruas da Mealhada e não no sambódromo, de acordo com reivindicações nesse sentido de um movimento social daquela cidade e que a organização diz que servirá de homenagem a edições do Carnaval do início e meados do século XX.

“As pessoas reivindicaram o regresso do Carnaval [ao centro da povoação], como aconteceu até 2001 e vamos fazer esse regresso”, frisou Nuno Canilho.

O programa divulgado esta semana inclui ainda uma Festa da Criança (08 de fevereiro) e desfile de escolas e instituições de solidariedade social (dia 16), um baile de gala (14 de fevereiro) e animação noturna de 13 a 17 do mesmo mês.

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