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Casal de Esmoriz vive no carro há mais de três meses

Maria Dalila, 62 anos, e Domingos Silva, 57 anos, vivem há mais de três meses no carro. O casal de Esmoriz, Ovar, está estacionado num terreno baldio junto à linha de comboio, em Espinho, desde que foi despejado, a 28 de outubro, por dívidas, conta hoje o Jornal de Notícias.

O presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro garante que o recebeu pessoalmente, no seu gabinete, há cerca de 2 meses. “Expliquei-lhes todas as medidas constantes do Fundo de Emergência Social Municipal prontas para os ajudar: Apoio ao arrendamento, apoio agua, luz, géneros alimentícios, etc. Os nossos serviços apoiaram-nos em tudo”.

O edil ficou convencido que a vida deles iria mudar. Mas tal não sucedeu: “Um dos filhos está acolhido numa instituição e o casal Domingos e Dalila recusou alojamento indicado pelos técnicos, após diversas tentativas goradas de arrendamento de habitação (este agregado, mais do que uma vez, não compareceu para entrevista com senhorios).

Salvador Malheiro refere que o Centro Comunitário de Esmoriz tem sido incansável nas diligências para integração deste agregado, disponibilizando apoio jurídico gratuito, motivação para requerimento de RSI, procura de espaços para arrendar, garantia de refeições através da cantina social, etc.

Contra as melhores expectativas, no início do mês de Janeiro último, o casal decidiu deslocar-se na sua viatura para Paramos, Espinho. Desde essa altura estão a ser apoiados por técnica do Projeto RLIS de Espinho, estando o técnico do Centro Comunitário de Esmoriz, a proceder à transferência do processo familiar para a colega de Espinho.

No meio de um caso que se escapou às autoridades de Ovar, o Edil salienta que os serviços da Câmara Municipal de Ovar entregaram por duas vezes os formulários para apoio na medida do Fundo de Emergência Social para avançar com a importância integral dos primeiros meses de renda e, para posteriormente ser apoiado na medida do Apoio ao Arrendamento Urbano, mas o casal mostrou-se desinteressado.

“O casal insiste na recuperação da habitação judicialmente penhorada e o outro filho rejeita a actuação dos pais por erros sucessivos cometidos, que resultaram na perda de uma habitação e de terrenos diversos”, termina o autarca, concluindo: “Para serem ajudados também precisam de ajudar…”

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