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Ano novo, Furadouro na mesma

O cenário está a tornar-se normal, mas é tudo menos isso. Este fim-de-semana, o mar voltou a galgar a praia e a inundar as artérias da praia do Furadouro, por onde deviam circular apenas pessoas e viaturas.

As imagens das águas do Oceano Atlântico a correrem ruas e avenidas abaixo, como rios de água salgada, “inundaram” as redes sociais acompanhados de muitas críticas à mistura em relação à acção de autarcas e administração local.

Um dos primeiros a vir a terreiro foi Fernando Almeida. O deputado do CDS/PP, na AM, aproveitou para criticar o presidente da Câmara Municipal de Ovar que dissera no dia anterior que estava tudo calmo e o Furadouro “aguentou” as investidas do mar.

“Acho que foi muito infeliz”, acusou, sem se “referir ao gravíssimo problema da erosão costeira, porque sempre defendi que esta causa deve ser unificadora e não a devemos politizar”.

E, referindo-se à beneficiação da zona de estacionamento a sul da Praia, atacou: “Acho lamentável que o senhor presidente da Câmara Municipal de Ovar não tenha a noção que a obra ali realizada recentemente possa sofrer estragos, em tão curto espaço de tempo, e a tenha concretizado ignorando esse facto”.

Ano após ano, a indignação dos moradores na praia, essa mantém o tom. “Obras e mais obras. Resultados nenhuns”, dizem os pouco crentes nas promessas de solução.

Em defesa do Executivo salta Maria de Lourdes Breu, ex-autarca do PSD em Estarreja e Ovar, que convida “os milagreiros com soluções eficazes” a darem “um passo em frente”. Para concluir: “O mal é antigo e todos foram dando o seu contributo e, agora, a natureza… cobra.”

Foto principal: “Hora do banho”, por Mário Jorge Cunha, aqui reproduzida com a devida vénia

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