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Ciclismo: Efapel é candidata à vitória na Volta com Paulinho

Américo Silva avisou que a Efapel, apesar de se assumir como candidata à amarela com Sérgio Paulinho, não vai trabalhar na 79.ª Volta a Portugal em bicicleta para que outros possam subir ao pódio.

“Partimos sempre com o objectivo de tentar vencer a Volta. Inclusivamente, o nosso histórico nos últimos anos dá-nos essa confiança e essa obrigação de lutar pela Volta. Se a memória não me falha, além da W52-FC Porto, nós somos a única equipa que venceu uma corrida por etapas”, recordou o director desportivo da equipa sediada em Ovar, cidade que este ano não recebe nenhuma etapa da prova (organização terá pedido uma quantia exorbitante).

Não é só o facto de comandar a única formação que conseguiu “cortar a supremacia” da W52-FC Porto esta temporada que contribui para a confiança de Américo Silva, mas também as qualidades do seu líder, o experiente Sérgio Paulinho.

“Se eu, da minha parte, não achasse que havia condições para ele estar na discussão da Volta, primeiro não lhe teria enviado o convite, tendo em conta o seu palmarés e toda a sua carreira. Segundo, ele próprio, perante tudo o que já fez no ciclismo, também se não se achasse em condições de poder lutar por esse objectivo, não vinha fazer uma época só por fazer. Ele não veio com o intuito de terminar a carreira em Portugal, ele veio com o intuito de lutar pela vitória na Volta a Portugal”, reforçou.

Tal como estavam no ano passado, quando, à terceira etapa, e com Daniel Mestre de amarelo, abdicaram de perseguir a fuga que viria dar o triunfo final a Rui Vinhas. Apesar de a sua opção ter sido muito criticada, Américo Silva garante que não aprendeu “rigorosamente nada”.

“Independentemente de que a Efapel saia como candidata a disputar a Volta a Portugal, não é a única. E se todos, durante o ano, se assumem como candidatos à Volta, pois na Volta também o têm de demonstrar. Que ninguém pense que a Efapel, porque parte com ambição de vencer em todas as competições, inclusive e reforçadamente na Volta a Portugal, tem de acarretar com todo o trabalho para o proveito de terceiros. E o ano passado vimos, e eu sabia claramente, que havia ciclistas com capacidades para discutir a Volta da mesma forma que nós. E, no final, se olharmos para o pódio na Praça do Comércio, não aparece um ciclista da Efapel, mas um ciclista de outra equipa [Daniel Silva]. Ou seja, havia mais interessados”, elucidou.

O técnico da equipa vareira assegurou que, caso se depare com uma situação idêntica à de 2016, fará exactamente o mesmo.

“Aquilo que fiz no ano passado foi em consciência. Sabia que a atitude que eu estava a tomar era irreversível e que o vencedor da Volta iria ser o Rui Vinhas. Mas como toda a gente sabe que eu, como diretor desportivo, levo as coisas até ao extremo, luto sempre até ao extremo pela vitória, acharam que eu ia queimar tudo e mais alguma coisa para anular a possibilidade de o Rui Vinhas ganhar a Volta. Não o fiz, nem o vou voltar a fazer”, prometeu.

Embora seja Sérgio Paulinho o seu chefe de fila, Silva não exclui, “numa circunstância qualquer”, entregar a liderança a outro ciclista, nomeadamente a Henrique Casimiro, para lutar contra o favoritismo óbvio da W52-FC Porto.

“A principal candidata à Volta, sem sombra de dúvidas e pelo mérito do que tem feito ao longo da temporada e na Volta, é a equipa do FC Porto. Nem é o Rui Vinhas, nem o Gustavo [Veloso], é a equipa. A partir daí, vai depender de muitas circunstâncias. A seguir, entramos nós, claramente como candidatos. Depois há o Edgar Pinto, o próprio Boavista tem um ou dois ciclistas que têm capacidade de vencer a Volta. O Rui [Sousa], embora seja um veterano, tem a experiência e todos os anos está ali. O Louletano tem o [Vicente] de Mateos e o Sporting, apesar da ausência do Joni [Brandão], tem dois ciclistas para vencer a Volta”, elencou.

Sobre o percurso, o director desportivo da Efapel reconheceu que favorece os contrarrelogistas que não percam tempo na montanha, mas indicou as bonificações podem dar uma margem de manobra significativa.

Efapel:

Equipa: Sérgio Paulinho (Por), Daniel Mestre (Por), Rafael Silva (Por), Henrique Casimiro (Por), Bruno Silva (Por), António Barbio (Por), Álvaro Trueba (Esp) e Jesús del Pino (Esp).

Director desportivo: Américo Silva.

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