Opinião

Houve festa ou não houve festa? – Ricardo Alves Lopes

Foi um dia muito bonito para a cidade, não só pelo que  envolveu economicamente, mas também pelo que simbolizou.

Houve uma mudança de paradigma, deixámos de  esperar que os outros façam, para a seguir fazermos. Não estou aqui a elogiar políticas ou políticos, mas gostava de elogiar, sim, as pessoas que estiveram por detrás de toda esta iniciativa.

De agora em diante, qualquer coisa parecida que apareça em algum lado, será sempre a  nosso reboque. E  essa concorrência, hipotética, só poderá ser má se não quisermos evoluir, porque todos os sítios que são os primeiros e mantêm as directrizes, melhorando os pormenores ou ‘pormaiores’, raramente perdem a liderança na cabeça dos, chamemos, consumidores.

A parede do mercado municipal ficou digna de um vitral de igreja, lindíssima, as pedras do Neptuno são deliciosas ao olhar, os espectáculos foram extraordinários, a  envolvente das pessoas a caminhar pela cidade, de folheto na mão, não tem descrição possível, a alegria de todos a espreitar uma coisa e  já a seguir a caminho para outra, os aplausos sinceros em todos os espectáculos, a restauração em tantos sítios a transbordar, a agitação dos funcionários e a satisfação dos responsáveis, os restaurantes compostos, a quantidade de sotaques e línguas que não eram de cá também tem que ser motivo de satisfação.
Não se conquistou nada, abriu-se uma  porta.
Mas, agora, com essa porta aberta, deixemo-nos de ideologias  políticas  ou preferências  pessoais e apoiemos todos  esta abertura de  possibilidades que sucedeu para a  nossa cidade. Daqui a nada está também a chegar o FURA – Festa Urbana Rua Animada, que será um evento público com produção privada, igualmente com possibilidade de trazer algo até nós. Já sei que sou novo e apoiemos, em geral, a maioria das actividades de animação, mas  apenas porque creio que a agitação, por muito que não possa parecer, cria bases para uma cidade equilibrada em tantos outros sentidos.

Houve Festa e fomos felizes, e isso é o que importa. O resto virá, estou em crer.

Ricardo Alves Lopes (Ral)
http://tempestadideias.wordpress.com
[email protected] 

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