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Despedidos: quando a idade é um travão (TVI)

«Como se reage quando se é despedido numa cama de hospital? Acho que nem sabemos o que nos está a acontecer». As palavras são de João Santos, de 55 anos, desempregado há 13. No dia em que soube que ia ficar desempregado – trabalhava há dois anos numa empresa de restauração – estava internado no hospital a recuperar de um AVC.

Segundo a empresa, o AVC fez com que perdesse capacidades para continuar no cargo. «Chegámos a acordo para eu sair». Durante três anos e meio recebeu subsídio de desemprego. Depois disso ficou «de mãos vazias», como o próprio diz enquanto as esconde dentro dos bolsos. «Não voltei a ter uma remuneração fixa, só trabalhos temporários», revela à TVI24.

Enquanto mexe o café, João conta pelos dedos de uma mão os trabalhos que teve nestes últimos 13 anos. «Nenhum deles foi fixo. Só tive trabalhos temporários». Entrevistas, essas já lhes perdeu a conta. A viver em Aveiro, com a mulher – «os filhos já saíram de casa há cinco anos, foram à vida deles» – João está inscrito no Centro de Emprego e já não consegue contar os «disparates» a que foi sujeito de cada vez que aceitava ir a uma entrevista de emprego.

«Cheguei a ir a Ovar a uma padaria e quando cheguei lá o dono disse que não tinha pedido ninguém ao centro de emprego». Para este lisboeta a viver em Aveiro, foi uma viagem de 47 quilómetros para nada, no meio de «tantos quilómetros» que já fez. (Ler mais aqui)

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