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Esmoriz: Procurar emprego em grupo torna tudo mais fácil

 

A actual crise económica fez disparar o número de desempregados em Portugal. Havendo menos empregos disponíveis, parece lógico ser mais difícil encontrá-los. Para facilitar a vida dos que procuram trabalho, está a decorrer em Esmoriz, no âmbito do Contrato Local de Desenvolvimento Social de Ovar (CLDS), o programa “Ovar Mais Inclusivo”, coordenado e executado pela Fundação Padre Manuel Pereira Pinho e Irmã, de Válega. Trata-se de um projecto concelhio, de âmbito sócio-comunitário, que tem como principal objectivo o “combate à pobreza e exclusão social persistentes”, cuja entidade promotora é a Câmara Municipal de Ovar e a entidade financiadora é o Instituto da Segurança Social.

Jacinta Valente, técnica do Centro Comunitário de Esmoriz, explica que “a responsável pela ideia é o Instituto Padre Vieira e as instituições como a nossa tornam-se parceiras, pois temos acesso a pessoas que se encontram numa situação de desemprego”. Coube-lhe fazer a apresentação pública do Grupo de Entreajuda para a Procura de Emprego (GEPE), frisando que se trata de um grupo de ajuda, “porque nós não damos emprego a ninguém”.

O objectivo do CLDS – Contrato Local de Desenvolvimento Social que, neste caso caso, junto, em parceria, o Instituto Padre António Vieira e o Centro Comunitário de Esmoriz (CCE), é constituir grupos com 6 a 10 pessoas no máximo, desempregadas, que se reúnem durante hora e meia, todas as semanas, num processo de interajuda na procura de emprego.

“Em vez de ser uma pessoa, sozinha, a procurar, são várias a ajudarem-se umas às outras”, explica a técnica. Muitas vezes as ofertas de emprego “nem sempre vão de encontro ao nosso perfil, mas se tivermos mais gente dentro do mesmo processo, pode interessar a algumas delas e estas podem ter propostas que nos interessem”. “As possibilidades de se encontrar algo adequado crescem, além de que o grupo facilita o desenvolvimento de algumas competências”, acrescenta.

Joana Ferreira, da Fundação Padre Manuel Pereira Pinho e Irmã, outra parceira do projecto, adianta que este método tem conhecido bons resultados noutros pontos do país. O ano passado, registou uma taxa de sucesso na ordem dos 28 por cento e este ano já vai em 21,4.

Jacinta Valente considera que, embora não seja inédita, “esta técnica tem ainda a vantagem de tirar do isolamento as pessoas desempregadas quando procuram trabalho”. “Pode ser muito útil, dependendo da motivação de cada um, claro”, considerando que dá, na verdade, “boas perspectivas de sucesso, tendo em linha de conta que o mercado de trabalho está bastante difícil e as pessoas nem sempre têm as características que encaixam, mas é sempre uma experiência muito boa, útil e que fica para o futuro”.

 

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