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Exposição vê diferentes “olhares” em fotografia

Entre os trabalhos reconhecidos na fotorreportagem do fotógrafo “freelancer”, António Dias e os olhares do autodidacta José Eduardo Elvas, que se nega a assumir-se como fotografo, ainda que os seus registos fotográficos não
deixem ninguém indiferente, reuniram-se, mesmo que em exposições individuais no Museu de Ovar, estes dois fotógrafos naturais de Ovar, que despertaram surpreendente curiosidade e interesse na cerimónia de inauguração das mostras a preto e branco, com diferentes “olhares”, no dia
14 de abril, prolongando-se até 5 de maio, tanto a exposição Olhares de José Eduardo Elvas, como a exposição de fotografia sem título de António Dias.

Ambos os autores dos trabalhos fotográficos expostos, agradeceram esta oportunidade proporcionada pelo Museu de Ovar e com particular atenção no trabalho dinamizado pelo fotógrafo Jorge Bacelar, na sua relação com esta Instituição no âmbito da secção da fotografia.

Este fotógrafo da região, premiado internacionalmente, destacaria a vertente paisagista da fotografia de José Eduardo Elvas e a da foto reportagem do António Dias, que ambos corresponderam ao desafio de Manuel Cleto, director do Museu.

A sensibilidade dos fotógrafos foi igualmente realçada nas palavras dos vários representantes dos órgãos autárquicos presentes (Câmara Municipal de Ovar, União de Freguesias de Ovar e Junta de Freguesia de Válega).
Momento partilhado por muitos amigos, admiradores e amantes da fotografia em que, como afirmou Sara Ferreira em representação do Executivo da Junta da União de Freguesias de Ovar, São João, Arada e São Vicente Pereira Jusã, “as adversidades na vida, às vezes fazem vê-la de outra forma” referindo-se aos exemplos de coragem na luta pela vida de ambos os fotógrafos.

Como sublinhou também o autarca José Fragateiro, este foi “mais um ato cultural no Museu de Ovar cheio por pessoas, que quiseram dar um cunho pessoal, o que é bom para as entidades representadas e artistas”. Na sala dos “olhares” de José Eduardo Elvas, diria ainda, “perdemos um atleta, mas ganhamos um promotor de caminhadas”, destacando ainda a sensibilidade do fotógrafo para ver certos pormenores, tal como o António Dias, que, “traz-nos as maravilhas que estão expostas”.

Já o vice-presidente da Câmara Municipal de Ovar, Domingos Silva, que chegou a admitir, se ter dirigido para tal cerimónia pensando tratar-se, no caso do José Elvas, de uma exposição do seu irmão, mas logo admitiu ser para si “uma surpresa grande” e mesmo, “uma celebração à vida”, perante, tal “atitude positiva da vida”, destacando ali os fotógrafos que ajudam quem anda sempre a correr, a ter, um “olhar para momentos de forma mais cuidada”.

As palavras e adjectivos foram naturalmente muitos, tal como muitos foram os intervenientes de entidades representadas, numa tarde de inaugurações da arte da fotografia a que o Museu de Ovar abre cada vez mais as portas, para se referirem aos trabalhos expostos, reflectindo o património cultural e
humano, com particular e natural incidência na Freguesia de Válega, entre outras abordagens e temáticas captadas pelo foto jornalista António Dias.

Bem como a natureza e paisagens tão identitárias desta terra do litoral, que o fotografo José Eduardo Elvas, assumido como “genuinamente amador” transporta para esta exposição em que mostra algumas das belezas naturais do concelho de Ovar, com a mensagem e desejo de querer “pôr mais gente na mata”. Um exemplo de celebração da natureza do José Elvas que nesta marcante celebração da fotografia no Museu de Ovar, se aprofundou a celebração à vida, também assumida pelo António Dias, que tem como lema, “a vida são umas curtas férias. Por isso vamos aproveitar ao máximo…” JL

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