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“Festa” traz piqueniques na rua e recebe 27 espectáculos gratuitos

“Este evento é uma viagem cultural que se pretende que seja uma festa na cidade, para que as pessoas saiam para a rua e possam festejar”, declarou o vereador da Cultura Alexandre Rosas, esta terça-feira, na apresentação do “Festa”, que decorre no próximo dia 18. “Por isso é que convidamos todos a trazerem o que quiserem e fazerem um piquenique, para retomar um hábito que se foi perdendo ao longo dos anos”, realça.

“A ideia é mesmo as pessoas estenderem a toalha e apropriarem-se do espaço público”, acrescenta Fátima Alçada, programadora cultural do município.

O largo em frente à Câmara, o Jardim do Cáster, a Praça das Galinhas, o Lago do Neptuno, o Mercado Municipal e o pátio da Capela de Santo António são assim apenas alguns dos locais onde se poderão realizar piqueniques entre as 13h e as 14h, ou até à hora a que nesses locais tenham início os espectáculos da tarde.

O “Festa” volta a retirar a circulação automóvel do centro de Ovar, para, durante 19 horas consecutivas, apresentar 27 propostas culturais gratuitas nos jardins e praças da cidade, e aí acolher piqueniques.

Mas há mais: Entre as 09h de sábado e as 04h de domingo, incluirá teatro, circo, música, arte mural, dança e diversas outras performances – entre as quais a ocupação de uma rua com bolas gigantes ligadas por uma rede de arte xávega, para interação com o público.

Se de manhã as propostas são sobretudo itinerantes, “para acordar a cidade” com atuações como a da Banda às Riscas, já a tarde fica reservada para propostas como o espetáculo de clown “A galinha da minha vizinha”, por Graça Ochôa, o teatro infantil “Histórias mergulhadas”, produzido pelo Teatro Municipal Maria Matos, o concerto do grupo de percussão Retimbrar, e o teatro de rua “Kamchàtka”, em que a companhia espanhola homónima aborda o tema das migrações.

Outros destaques são o regresso do muralista Add Fuel para pintar uma nova extensão do Mercado Municipal e também a performance de circo contemporâneo da companhia francesa “O último momento”, dirigida por João Paulo Santos, que é acrobata de mastro chinês e, segundo a organização do Festa, “o único português com diploma superior em Circo”.

Para a noite fica reservado o Baile dos Candeeiros, em que o grupo Radar 360º se associa a 20 elementos da comunidade local para uma atuação deambulante, a “Charanga”, em que a companhia Circolando atua com a Banda Filarmónica Ovarense, e o duo “Bons Rapazes”, com Miguel Quintão e Álvaro Costa asseguram música de dança até às 04:00.

O orçamento que assegura o Festa passou de 40.000 euros na estreia do evento, em 2014, para os atuais 70.000 euros, o que permitiu um ligeiro reforço da programação e o seu alargamento a três companhias estrangeiras.

“A primeira edição do Festa foi, de facto, um sucesso”, admite Alexandre Rosas, reconhecendo os efeitos da iniciativa também ao nível do comércio, da restauração e da hotelaria. “Superou até as nossas expectativas”, afirma.

É por isso que a estratégia de afirmação do evento em 2015 também passa por uma parceria com a CP, para “preços especiais” nos horários reforçados de circulação de comboios, e abrange ainda a distribuição de um “Kit Festa” pelas unidades hoteleiras de Ovar, para que os seus hóspedes possam aceder a informação sobre o programa do evento e a “uma série de descontos na visita a outros locais do concelho”.

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