Filipa Faria, 17 anos, atleta do Ovar Sincro, é uma das quatro atletas portuguesas seleccionadas para tentar o apuramento para a modalidade de natação sincronizada dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016.
O trabalho a que está sujeita é intenso, pelo que, de segunda a sexta-feira, Filipa Faria está no regime de internato da selecção, no Centro de Treino da Murtosa, e só vai a casa ao fim-de-semana.
O OvarNews foi falar com ela:
1. Como é ir a casa apenas ao fim-de-semana?
Em relação às minhas colegas, a distância a que estou dos meus familiares é curta, o que até me dá a possibilidade de me acompanharem mais vezes aqui. O que sinto mais falta é dos amigos, mas ao fim-de-semana tento estar com eles, apesar de ser pouco tempo para tudo.
2. Quando vens a Ovar, a curiosidade de familiares e amigos deve ser muita…
Quando chego a Ovar, os amigos têm muita curiosidade sobre o que está a acontecer. Perguntam-me como funciona e como está a correr a experiência.
3. Como está a correr a adaptação a este novo “regime”?
Bem, já estou praticamente adaptada e a entrar no novo ritmo, pois já aqui estou desde que começou o ano lectivo, em Setembro.
4. O que te motiva mais durante a semana?
Eu acho que o importante é estarmos focadas para atingir o objectivo de nos qualificarmos, o que já me deixaria muito satisfeita.
5. Já te estás a ver com uma medalha ao peito?
(Risos) Ainda é muito cedo para pensar nisso. Só o facto de podermos qualificar-nos seria uma grande vitória. O resto teria que ser com um prazo de tempo maior, pois há países com grande tradição, há muitos anos, nesta modalidade e nós não conseguimos chegar lá assim tão depressa. Vamos ver.
6. Esperavas ser seleccionada?
A natação sincronizada tem vindo a evoluir, ano após ano, em Portugal. Quando comecei, nem a modalidade tinha o impacto que tem agora, nem eu pensei chegar aqui. Admito que evoluí muito, enquanto atleta, mas nunca pensei ser escolhida para defender as cores do seu país. Agora que aqui estou, vou dar o meu melhor.
