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Gametal prevê aumentar facturação em 24,5%

A Gametal, empresa produtora de componentes para a indústria automóvel que integra o grupo alemão Kirchhoff, prevê atingir um volume de negócios de 66 milhões de euros em 2013, um valor 24,5% acima dos 53 milhões registados no ano passado. “O crescimento deve-se a diversos novos projetos cuja produção se inicia em 2013”, disse à “Vida Económica” Tomás Moreira, chairman da empresa.

Embora a nossa fonte não detalhe, é provável que a maioria desses projetos seja internacional, pois a exportação representa 90% da produção da Gametal. “A percentagem de exportação tem vindo a aumentar ano após ano. Antes do ano 2000 exportávamos menos de 20% da nossa produção, em 2005 ultrapassámos pela primeira vez os 50% e actualmente ronda os 90%”, explica Tomás Moreira.

Um dos fatores de competitividade da Gametal, que está a festejar os 50 anos de existência, é, segundo o chairman da empresa, o facto de fazer parte da Kirchhoff (há 20 anos). “Tem fábricas na América, Ásia e sobretudo na Europa, onde fabrica os seus produtos em sete países distintos. A competitividade de todas estas fábricas resulta da sua moderna tecnologia, da sua capacidade de inovação e desenvolvimento, do bom serviço prestado ao cliente, da organização interna optimizada e da dimensão do grupo que permite ganhos de escala face a concorrentes mais pequenos”, defende a nossa fonte.

Quanto à competitividade específica das fábricas portuguesas, esta decorre, de acordo com Tomás Moreira, da “situação geográfica favorável para fornecer os mercados ibérico e francês, dos seus níveis de custos favoráveis em termos da Europa Ocidental, da qualidade dos seus recursos humanos e da sua flexibilidade e adaptabilidade”. O entrevistado não deixa, no entanto, de apontar pontos fracos a Portugal. “Não se pode deixar de relembrar que, num mercado totalmente aberto como é o sector automóvel, concorremos contra alguns países onde o custo do trabalho é significativamente mais baixo. É de referir ainda alguns custos comparativamente elevados, como a electricidade, a fiscalidade que incide sobre as empresas (TSU, IMT, IMI, IRC) e os custos de formação permanente devido à falta de pessoas no mercado com as qualificações necessárias para uma indústria competitiva”, refere.

O chairman da Gametal indica ainda que “a situação das finanças públicas, a catastrófica realidade da justiça em Portugal, a burocracia e as permanentes alterações legais e fiscais são factores de descrédito e má imagem do país que desmotivam os investidores e clientes, acabando por afectar as empresas”. “Finalmente, salientaria a forma negativa como a indústria tem vindo a ser tradicionalmente encarada pela sociedade portuguesa e pelos seus governantes e dirigentes”, acrescenta Tomás Moreira. (in Afia.pt)

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