Opinião

Lembrem-se! – Ricardo Alves Lopes

 

Ainda não acabou, por entre as tardes de chuva, ainda se encontram dias de sol e um mar a banhar o areal com esplendor e calmaria. Alguns dos melhores dias de praia chegaram no final de Agosto, início de Setembro.

Para além disso, faltam as celebrações da nossa praia, as Festas do Mar. Todavia, mesmo com o que ainda falta de Verão, neste meu regresso (olá a todos!), penso que já posso fazer um pequeno rescaldo do que foi o Verão, nesta nossa praia, depois de mais um Inverno agitado e antes de outro que, teme-se, terá o mesmo fim.

As obras fundamentais não foram feitas, nem no Furadouro nem em praia alguma. Prosseguimos a viver num país que, nas suas mais altas patentes, como na sua base da hierarquia, está em crer que ‘tapar buracos’, ou remendar, como preferirem, é mais do que suficiente para ir mantendo o barco à tona. Esquecem-se, porém, que uma rajada de vento mais forte ou uma tempestade não anunciada podem abalar os alicerces que não estão feitos. Estão remendados.

No entanto, não é a propósito de nada disto que quero marcar o meu regresso, após férias de escrita e de quase tudo. Gostava de elogiar a nossa praia, as nossas gentes e as nossas governações. Por governações entenda-se Camara Municipal e União de Freguesias. Ambas contribuíram, com a parceria de pessoas da terra e privados empreendedores, para que o nosso Verão fosse diferente. Não raras vezes, tive que fazer caminhadas, à tarde e à noite, para rumar ao meu destino.
Estacionamentos cheios, avenida repleta, praia muito composta, música nos altifalantes e nas ruas, artesanato, massagens, actividades desportivas, concertos, interesse dos Media e tantas outras coisas.

Como em quase tudo na vida, não foi possível agradar a todos. Para alguns, é óbvio que o erário findará antes do desejável, para outros foi apenas populismo ou despesismo, para outros foram actividades sem interesse, mas para muitos foi um Verão diferente. Regressou alguma agitação, encontraram-se caras divertidas, fez-se ouvir a voz das pessoas, não só no Furadouro como em todo o Concelho, e penso que isso não deve ser desprezado ou menorizado.

Se foi o certo se foi o errado, só o tempo o dirá, até lá, vou aproveitando para vangloriar o esforço que se tem feito para a cidade e o concelho aparecerem no mapa. Como se costuma dizer: quem não é visto, não é lembrado. Lembrem-se disto.
Foi um prazer regressar a estas linhas e espero ter cumprido o objectivo a que me propus, neste mesmo regresso: falar do que todos sabem e analisam, mas usando a minha voz, ou no caso letra, e vendo com os meus olhos. Nem sempre acerto, nem sempre erro, mas lá vou tentando.

Ricardo Alves Lopes (Ral)
http://tempestadideias.wordpress.com
[email protected]

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