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ONU aprova o Dia Mundial das Remessas para a Família

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A Organização das Nações Unidas (ONU) acaba de aprovar, em Nova Iorque, nos EUA, o dia 16 de Junho como o Dia Mundial das Remessas para a Família. A iniciativa pertence a um organismo da ONU, o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (IFAD), dirigido por Pedro de Vasconcelos, nascido e criado em Ovar.

Há vários anos que Pedro de Vasconcelos vem sensibilizando vários actores mundiais no sentido de destacar a “importância do dinheiro enviado por emigrantes para o desenvolvimento dos seus países de origem”, numa altura em que o tema dos migrantes que tentam atravessar o Mediterrâneo continua na ordem do dia.

Segundo o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola, existem cerca de 250 milhões de emigrantes um pouco por todo o mundo, responsáveis por perto de 400 mil milhões de euros em remessas enviadas aos seus países de origem, em média, por ano.

Esse apoio familiar, na maioria dos casos repartido em pequenas remessas de 200 a 300 euros várias vezes por ano, segundo o IFAD (sigla original) permite a melhoria das condições de vida para cerca de 750 milhões de pessoas. “As remessas são cruciais para as famílias”, lembra Pedro de Vasconcelos, “frequentemente representam mais de metade dos rendimentos de uma família, ajudando a suprir necessidades como comida, alojamento, saúde ou educação”.

O IFAD destaca que o valor global de 400 mil milhões de euros é três vezes superior à ajuda financeira dos principais países para o crescimento nos países em desenvolvimento, e está muitas vezes acima do investimento directo estrangeiro nesses mesmos países. Segundo ele, este dinheiro “coloca comida na mesa, paga contas, manda crianças para a escola, capacita mulheres e é usado para investir onde outros investidores não estão interessados”.

A instituição revela que cerca de 100 mil milhões de euros saíram dos principais países do Velho Continente e a Rússia, com destaque para este último (18 mil milhões de euros) seguido de Reino Unido (15 mil milhões), Alemanha (12,5 mil milhões), França (9,4 mil milhões), Itália (9,3 mil mlhões) e Espanha (8,6 mil milhões).

Quanto ao destino, um terço do valor total europeu (32,5 mil milhões de euros) seguiu para os Balcãs e Europa de leste, incluindo 10 países da União Europeia. Os restantes dois terços, cerca de 65 mil milhões de euros, foram enviados pelos emigrantes para 50 países espalhados por outros continentes.

Pedro espera que este reconhecimento contribua decisivamente para que “estas remessas familiares sejam universalmente reconhecidas pelos Estados Membros, para que um bilhão de pessoas na Terra possa começar a tratar das suas próprias causas de migração e possam planear um futuro melhor para si e para as futuras gerações”.

Pedro de Vasconcelos organizou o primeiro Fórum das Remessas Globais, em 2005, numa altura em que trabalhava no Inter-American Development Bank (IDB), antes de ingressar no IFAD. O Fórum repetiu em 2007, em Washington, depois em 2009 em Tunis, 2013 em Banguecoque, 2015 em Milão e 2017 em Nova Iorque, na ONU. Foi ele que lançou o Dia Internacional das Remessas da Família, comemorado pela IFAD desde 16 de junho de 2015 e agora reconhecido pela ONU.

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