Política

PCP considera inaceitável despedimento colectivo e liquidação da Tovartex/Falke

É com “bastante preocupação” que a Comissão Concelhia de Ovar do PCP tomou conhecimento da decisão da Tovartex, empresa multinacional alemã do sector têxtil, instalada na cidade de Ovar há mais de 33 anos, proceder a mais um despedimento colectivo, desta vez, atingindo 177 trabalhadores, dos 235 que tem ao serviço neste momento. “O que constitui mais de 75% dos postos de trabalho e o início da liquidação de facto da empresa no nosso concelho”.

O PCP considera inaceitável a decisão, “com dramáticas consequências sociais para o concelho, da parte de uma empresa que tem lucros e volume de encomendas para prosseguir a laboração”.

O PCP lembra que esta empresa já empregou cerca de 700 trabalhadores, “e foi sempre com a argumentação das dificuldades económicas e dos custos de produção que, em processos faseados, tem avançado com acordos e despedimentos colectivos que, ao longo dos anos, já atingiram cerca de 600 trabalhadores da produção”.

Em todos os momentos, acrescenta que “o único objectivo foi fazer caminho para fechar as instalações desta unidade produtiva e deslocalizá-la para a Sérvia”.

A carta enviada às operárias atingidas pela empresa refere que “a gerência da Tovartex nada pode fazer contra esta decisão, pois depende em exclusivo das decisões da sua dona e da produção que esta lhe coloca”. O PCO diz que “esta multinacional recebeu, por diversas vezes, fundos comunitários e apoios financeiros da parte de sucessivos governos PS/PSD/CDS, e sempre teve como propósito máximo obter aumentos dos seus lucros através da exploração dos seus trabalhadores, à custa de baixos salários”.

O PCP sublinha que os sucessivos governos PS/PSD/CDS “não estão isentos de responsabilidade nestas situações. Sempre que os ministérios da tutela foram confrontados pelas diversas perguntas do Grupo Parlamentar do PCP escolheram fazer vista grossa, sendo coniventes com os objectivos pretendidos pela administração da Tovartex”. Da mesma forma, acrescenta, “é bom lembrar que o PCP fez sempre uso de todos os espaços ao seu dispor – Assembleia Municipal e Parlamento Europeu – para expor esta situação gritante”.

O PCP apela aos trabalhadores que se “unam e junto com as suas estruturas representativas tomem todas as medidas para impedir esta manobra, pois ela não é um facto consumado e dependerá da luta de todos os trabalhadores da empresa impedir que se concretize”.

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