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“Praga” de pombos agrava-se no centro histórico vareiro

A Câmara Municipal de Ovar tem sido “bombardeada”, nos últimos dias, com pedidos de esclarecimento sobre a autêntica “praga” de pombos que tomou conta do centro histórico vareiro, agravada pela recente demolição do cine-teatro de Ovar.

O mais recente levou vários moradores aos Paços do Concelho, onde deixaram uma carta na qual se queixam que “o centro urbano de Ovar está empestado de pombas, de tal forma e quantidade que se pode considerar que estamos perante uma praga, na medida em que são transmissores de doenças e parasitas”.

Além disso, esses pombos danificam, com a sua matéria fecal, os edifícios particulares e públicos, contribuindo para a degradação do parque habitacional e do edificado da cidade”, continua.

Sabe-se que “as populações de pombos reproduzem-se descontroladamente e com grande facilidade, estando cientificamente comprovado que podem transmitir doenças e parasitas, especialmente através das suas patas que pousam em qualquer lado, já que são animais de fácil convívio com o ser humano”. Entre outras, acrescenta a missiva, “essas doenças e parasitas poderão ser a tuberculose, criptococose, salmonelose, histoplasmose, ornitose, dermatites, gastroenterites, toxoplasmose, carraças e pulgas”.

Por isso, impõe-se que a Câmara Municipal de Ovar, “à semelhança do que outros municípios do país já fizeram, tome medidas urgentes de combate a esta praga, especialmente no controlo da reprodução dos pombos”.

Em resumo, estamos perante um problema de saúde pública, ambiente e património que urge resolver.

O presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro, mostra-se sensível à situação. “Estamos atentos e a preparar uma estratégia concreta para mitigar os efeitos da praga de pombas, dentro do actual enquadramento legal”, garantiu ao nosso jornal.

A Câmara Municipal de Lisboa, nomeadamente, tem tido algum sucesso a efectuar o controlo da população de pombos na cidade, tentando desta forma atingir o equilíbrio da espécie.

O Programa de Controlo da População de Pombos, sendo um programa integrado, inclui a utilização de um contraceptivo oral, que agindo como factor de selecção natural, não esteriliza as aves, mas apenas diminui a sua capacidade reprodutiva permitindo e, assim, controlar a população de uma forma humanitária, substituindo os predadores utilizados em várias cidades.

Como medida complementar, pode vir a aprovar-se, ao abrigo do Regulamento de Resíduos Sólidos, a proibição de dar alimentos ao pombos, passando a constituir contra-ordenação, sujeito a coima, “fornecer qualquer tipo de alimento nas vias e outros espaços públicos ou ainda que em espaços privados, susceptível de atrair animais errantes, selvagens ou que vivem em estado semi-doméstico no meio urbano, causando insalubridade na via pública, é passível de coima de um vigésimo a um quinto do salário mínimo nacional”.

PERGUNTA
O que posso fazer para que os pombos se afastem e não poisem no meu prédio?

Existem várias medidas a adoptar:

– A não alimentação dos pombos;
– A eliminação de todos os ninhos existentes;
– A aplicação de sistema de repelentes de poiso de aves (picos, fio simples, fio electrostático, rede, etc.) nas saliências e locais do imóvel onde se verifique o seu poiso;
– Como prevenção sugere-se a limpeza regular dos algerozes e a instalação de campânulas de protecção sobre os mesmos.

 (Foto de Miguel Ângelo, ex-vocalista dos Delfins, durante a sua estadia em Ovar, em Agosto último)

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