Os resultados alcançados em 2020, ano em que obteve um lucro de aproximadamente sete milhões de euros, revelam uma quebra de 14% em relação aos 8,1 milhões registados no ano anterior, avança a Ramada, no comunicado sobre as contas de 2020 enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) da empresa sofreu uma quebra de 16,7%, para 12,96 milhões de euros.
Mesmo assim, a Ramada Investimentos e Indústria vai voltar a remunerar os capitais investidos pelos seus acionistas na empresa. “O conselho de administração irá propor à assembleia geral de acionistas a distribuição de um dividendo de 0,60 euros por acção”, informa.
As receitas totais do grupo cifraram-se em 103,3 milhões de euros, uma quebra homóloga de 10,2%, enquanto os custos totais situaram-se em 90,3 milhões de euros, menos 9,2% do que o valor apurado no ano anterior.
“O ano 2020 antevia-se como um ano de recuperação, havendo uma expectativa otimista de melhoria e quebra do ciclo negativo que se vinha a arrastar nos últimos dois anos”, mas os efeitos da pandemia de covid-19 teve “consequências económicas e quebras nos mercados à escala global”, que impactaram negativamente na Ramada, explica o grupo.
Mas o quarto trimestre “trouxe sinais mais positivos, com maior atividade nos clientes de moldes e metalomecânica”, pelo que “foi possível uma recuperação do volume de negócios, conseguindo vendas mensais que já não eram atingidas desde o período homólogo de 2019”, realça a Ramada.
Destaque positivo, também, para as exportações, que “continuaram a crescer, registando mais uma vez um bom desempenho, com crescimento de vendas e de clientes”.
Já no segmento de imobiliário, a Ramada teve receitas de 7,4 milhões de euros, em linha com o valor registado no ano anterior, sendo que 90% dos proveitos foram gerados pelas rendas obtidas do arrendamento de longo prazo de terrenos florestais.