Opinião

Reis, Atchim & Steiner – Henrique Gomes

Foi curto o intervalo que separou o “Cantar dos Reis” da abertura do Carnaval de Ovar.
Pelo meio dos dois eventos, houve tempo para um atchim ou dois- estas festas ao ar livre, sobretudo quando o ar é demasiado fresco, podem abrir caminho a constipações ou estados gripais. Contudo, a alegria com que se vive esta época do ano será sempre o melhor antídoto para estas maleitas.

Apesar de tudo, tivemos direito a zonas aquecidas e mantas para atenuar o frio, embora as mantas também tenham tido o condão de irritar algumas peles. Epidermes pouco habituadas a este tipo de conforto e tratamento.
Em ano de avaliação externa, os Reis foram apresentados e cantados na Praça da República.

Uma delegação, uma espécie de troika mas mais simpática, avaliou a prestação das troupes e irá chegar à conclusão que o “Cantar Dos Reis” é algo de tão material , tão material que só pode ser considerado como imaterial.

O imaterial é aquela substância que permite encontrar reseiros de todas as idades, todos eles herdeiros de um património cultural intergeracional. O imaterial é também a criatividade e a genialidade demostrada em muitas das letras e músicas feitas exclusivamente para esta época do ano.
Quase de imediato, foi só o tempo para atchim-atchim e temos a abertura do carnaval.

Espetáculo simples e divertido, liderado por um tal de Steiner e superiormente interpretado por nós ou por alguém como nós- o espetáculo não foi mais do que uma representação das nossas vivências e da nossa maneira de estar e sentir ao longo do tempo histórico.
Uma grandiosa demostração de liberdade de expressão, mas sempre com contagiantes sorrisos, numa fantástica interação público-executantes.

Henrique Gomes

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