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Novas Mutualidades e o rejuvenescimento das já existentes precisa-se, diz estudo

«As Organizações Mutualistas na Sociedade Portuguesa do Século XXI» foi o tema de um estudo apresentado na reunião anual de presidentes mutualistas que decorreu, recentemente, no Luso, concelho da Mealhada.

A equipa da Universidade de Aveiro responsável pela investigação procurou caracterizar a atualidade do setor, as suas angústias e desafios que «requerem respostas diferenciadas e qualificadas atentas a uma maior diversidade de públicos-alvo, com diferentes necessidades».

A criação de novas Mutualidades e o rejuvenescimento na atuação das já existentes, é uma necessidade emergente identificada pela equipa coordenada por Teresa Carvalho, «para que se captem destinatários mais jovens». «Também os jovens se sentirão motivados a integrar o terceiro setor se a sua carreira for convenientemente reconhecida, por isso, a necessidade de profissionalização da gestão e adequado pagamento das funções, é essencial».

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Para além disso, a questão da formação é também considerada «de relevo, uma aproximação à academia seria uma simbiose perfeita», considera a equipa de investigação constituída pelos investigadores Ana Rita Pereira, Bernadete Bittencourt e

José Carlos Mota. Se, por um lado, «alertaria jovens para uma ampla oportunidade de carreira profissional e estudo, por outro lado seria uma mais valia ter proximidade à produção de conhecimento, útil para propor recomendações e inovações».

O estudo ressalva, por isso, que as políticas públicas, quer sejam do ponto de vista mais estrutural ou mais conjuntural (ligadas à procura ou oferta), «têm um papel fundamental da dinâmica e afirmação da Economia Social e são formas de concretizar aquilo que vem na Constituição da República Portuguesa e na Lei de Bases para a Economia Social, como o estatuto fiscal adequado, fomento e proteção deve ser traduzido na prática».

Neste projeto de investigação procurou dar-se resposta a três grandes objetivos gerais, que se prendiam com a compreensão do conceito de Mutualismo, do seu enquadramento emergente, bem como a identificação das potencialidades de expansão e fragilidades do setor da Economia Social (ES) em Portugal, em especial do Mutualismo, para, dessa forma, prospetivar os cenários futuros do Mutualismo em Portugal e produzir recomendações.

Neste último objetivo, a aposta na inovação do produto e no processo e atuação em cooperação com os demais setores, tomando «a inovação social como um aliado, são boas apostas de futuro», é defendido pelo estudo, reconhecendo o peso do setor Mutualista enquanto parte integrante na família da Economia Social na Europa. O cumprimento desta missão é «cada vez mais evidente, notado sobretudo no acompanhamento dos objetivos relativos ao Pilar Europeu dos Direitos Sociais, mencionado no Plano de Ação para a Economia Social, recentemente aprovado».

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