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Saúde: reclamações dos utentes aumentam 72%

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Entre janeiro e setembro de 2018, chegaram ao Portal da Queixa mais de 2.000 reclamações dirigidas ao setor da Saúde. Mau atendimento, tempos de espera, falta de informações e falta de condições são os principais motivos.

As queixas dos utentes aos serviços de Saúde aumentaram significativamente. Entre janeiro e setembro de 2018, chegaram ao Portal da Queixa – maior rede social de consumidores de Portugal – cerca de 2034 reclamações dirigidas ao setor da Saúde, verificando-se um aumento na ordem os 72%, comparativamente com o período homólogo.

O mau serviço prestado – tanto nas unidades de saúde do serviço público, como no serviço privado – apresenta-se como o principal motivo de reclamação da maioria dos consumidores. Dentro do setor, os serviços de saúde mais reclamados são os organismos públicos: hospitais, maternidades e centros de saúde e, por fim, os grupos de saúde privados.

Aumento de 61% do número de reclamações a hospitais e maternidades

Mau atendimento, ou falta dele, é o principal motivo das reclamações dos portugueses (130 queixas). Segundo a análise feita às reclamações recebidas pelo Portal da Queixa, ao invés de se depararem com um atendimento cuidado, atencioso e informado, os utentes são alvo de um mau atendimento e, por vezes, não obtêm qualquer tipo de resposta, esclarecimentos, nem sequer a prestação do serviço.

O elevado tempo de espera é, também, um dos motivos mais apontado, como é possível verificar na reclamação registada no Portal da Queixa:

“(…)A minha esposa e eu optámos infelizmente por ter o parto do nosso filho na Maternidade do HSFX, tínhamos boas referências e fomos visitar, gostámos das instalações, mas o que para nós deveria ter sido um momento inesquecível tornou-se um pesadelo. Mais de 48h numa sala de partos, a enfermeira afirma que não tem culpa das dores que a minha esposa estava a sentir, muito mal educada! Abandonados na sala de parto, o médico passou uma vez nas 48h e outro apareceu para fazer o parto e nos momentos em que chamávamos as enfermeiras, a demora era sempre acima de 20 minutos, pois estava tudo na conversa, risada e gritos na zona dos médicos/enfermeiros(…)” – João Viegas de Carvalho sobre o Hospital São Francisco Xavier

Mais de 100 reclamações dirigidas aos hospitais públicos e maternidades públicas do país, referem-se à falta de informação e esclarecimentos dados pelos serviços aos utentes, bem como a falta de condições e triagem mal feita.

“O nosso sistema nacional de saúde é uma miséria, mas as pessoas que nele trabalham ainda conseguem deixá-lo pior! Ando desde segunda feira a tentar ligar para o Centro de Mama do Hospital e nunca, mas nunca até agora fui atendida. Não liguei uma, nem duas, nem três vez… passo os dias (literalmente) a ligar para lá e nada… aquela funcionária, coitada não consegue atender uma chamada sequer!! Estamos a falar do centro de mama, um centro criado para dar respostas céleres aos doentes com cancro, que é o caso! É uma vergonha!!!! Quando não estou a ligar directamente para o centro de mama ligo para o número do São João e é mais do mesmo…. chama, chama, chama… mas não há uma alma naquele hospital capaz de atender uma chamada!!! Como isto é possível???? Uma semana a ligar para lá…” – Susana Pereira sobre Hospital de São João no Porto

Falta de meios ou equipa técnica de saúde, negligência e o tempo de espera para remarcar uma consulta são, também, alguns dos motivos apresentados pelos utentes portugueses sobre os hospitais e maternidades.

“Após quase 12h em trabalho de parto, decidiram levar-me para o bloco em que tentaram que o meu bebé nascesse com fórceps, mas acabou por nascer a ventosas (estava muito subido). Além de lhe fazerem uma ferida na cabeça, teve de ser reanimado e, consequentemente ficou 9 dias internado nos Cuidados Intermédios da Neonatologia, pois apanhou uma bactéria no sangue por estar tanto tempo para nascer, sem líquido amniótico. Ontem, passado mais de um mês, quando a lavar-me no banho, senti um corpo estranho na zona genital e qual não foi o meu espanto quanto retirei uma compressa. Inadmissível!” – Marta Fartura sobre Maternidade Dr. Alfredo da Costa.

Centros de Saúde com um aumento de 51% do número de reclamações

Desde mau atendimento, falta de atendimento telefónico ou falta de médico de família, são vários os motivos que inquietam os consumidores nos centros de saúde por todo o país.

Grupos de Saúde Privados não são exceção

Desde o início do ano, já chegaram ao Portal da Queixa mais de 200 reclamações dirigidas ao setor privado da Saúde.

Atualmente, muitos são os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que são atendidos em instituições privadas devido aos contratos de prestação de serviço com o Estado e com o aumento da oferta de planos de saúde. Estes motivos direcionam muitos doentes para estes locais, contudo não garantem um melhor serviço. Prova disso é o aumento na ordem dos 75% do número de reclamações dirigidas aos grupos de saúde privados, verifica o Portal da Queixa.

Mau atendimento, cobranças indevidas, negligência e falta de informação/esclarecimentos são alguns dos principais motivos das queixas dos utentes como é possível verificar na reclamação registada no Portal da Queixa:

“No dia 04.10.2018 tive marcada uma consulta com a médica Sónia Oliveira Sousa no Instituto CUF e fiquei 40 minutos a espera da médica para chegar sem ninguém se preocupar os utentes que estavam, pois havia mais pessoas a espera da mesma médica. Após 40 minutos falei com a técnica e ela ligou para a médica que informou me que a médica não chamou ninguém ainda porque tinha o computador avariado. E não sei quanto tempo ela precisava mais para se decidir começar a chamar as pessoas (pois havia mais pessoas a minha frente), mas decidi voltar para o meu trabalho, pois já tinha passado uma hora e marquei uma consulta no meio do trabalho porque pensava que numa unidade de saúde privada as marcações são respeitadas. Será que para informar/chamar as pessoas é meramente necessário o computador? Acho uma grande falta de respeito e profissionalismo, principalmente numa entidade privada como o Instituto CUF.”- Instituto CUF, por MNM.

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