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Vai ou não haver debates entre Rui Rio e Santana Lopes?

Primeiro ia haver duas dezenas de debates. Depois menos. A seguir já não. O que é certo é que a campanha para a liderança do PSD ainda não teve um único debate entre os dois candidatos, Rui Rio e Santana Lopes. E pior: Eles não se entendem sobre a marcação dos frente a frentes.

Miguel Santos, coordenador nacional da campanha de Santana Lopes defende que desde “a primeira hora” mantêm o mesmo princípio: “disponibilidade para os debates anywhere, anytime”.

Quando questionado sobre o cancelamento do debate na TVI, Miguel Santos defende que o estabelecido no convite era “uma entrevista, não era um debate” e acrescentou que “os debates devem acontecer em canal aberto”, especialmente quando existem convites das três televisões generalistas.

Para a campanha de Rio, a situação rompeu um compromisso feito entre os candidatos. “Santana Lopes acertou com a TVI que estaria disponível para ir à TVI debater com Rui Rio. Ficou acertado um outro debate”, conta Bruno Coimbra, explicando que o encontro na RTP tinha ficado “imediatamente” fechado por haver concordância entre as duas candidaturas. “Santana Lopes veio a público dizer que queria três, isso era divergente do que tinha combinado”, acrescentou.

Salvador Malheiro, coordenador nacional da candidatura de Rio confirma a versão: “O assunto já tinha sido encerrado com um debate na RTP e um debate na TVI”. “Ele [Santana Lopes] até pode querer tudo e no dia seguinte não querer nada, que é isso que estamos habituados. Agora, Rui Rio é muito claro em tudo isto”, acrescenta o coordenador. “A mim custa-me é ver, neste momento, em vez de apresentar as questões chave de cada uma das moções estratégicas a acrescentar ao partido, se esteja a perder tempo com isto”, acrescentou, garantindo que “os debates vão ter lugar” e, quando o tiverem, “a performance de Rui Rio vai ser muito forte e tudo se vai esfumar”.

Apesar da garantia de Salvador Malheiro, Miguel Santos critica os “subterfúgios e pretextos” do ex-autarca do Porto “para desviar e tentar prorrogar a existência de debates”. “Ainda vamos chegar a 13 de janeiro [data das eleições] e Rio continua a fugir aos debates”, afirma entre risos.

A polémica vem desde o início. No discurso de apresentação da candidatura, Santana Lopes afirmou que “gostaria que as distritais do partido e as organizações regionais, organizassem cada uma um debate”. Rio recusou de imediato os 21 encontros propostos pelo adversário, classificando a iniciativa como um “circo ambulante”.

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