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Válega: Condutores obrigados a fazer “Rally” para chegar à Padroeira

Os visitantes que se deslocam a Válega nos dias de Festas em honra de Nossa Senhora do Amparo, são apanhados de surpresa pelo mau estado dos acessos ao centro da vila. Os arruamentos de Candosa, Valdágua, Porto Laboso e Vila Pereira Jusã, que fazem a ligação a partir da zona norte da freguesia, estão pouco menos que intransitáveis, obrigando a manobras de alguma perícia para contornar crateras e pedregulhos que surgem nas vias.

Depois do saneamento instalado, as valas foram tapadas, mas o piso, dominado por rasgos e buracos de grandes dimensões, continua em terra batida, tornando-o muito irregular e perigoso. O acesso à “Ovar Rural” é um perfeito exemplo do que se acaba de dizer. Só de tractor mesmo.

Os moradores queixam-se mas não há por onde fugir, tendo em conta a simultaneidade das obras e a falta de percursos alternativos.

Fernando Almeida, eleito do CDS/PP na Assembleia Municipal, lamenta que, “em pleno mês de Agosto as ruas de Válega continuem num estado miserável, para além do enorme transtorno causado aos moradores e a quem lá passa”. “Infelizmente, este é o cartão de visita para quem vem a Válega e para os nossos emigrantes”, critica.

Para o deputado centrista, “à Câmara Municipal e à Junta de Freguesia compete serem mais exigentes e não permitirem que esta situação insustentável se prolongue durante tanto tempo”.

Também Vitor Amaral, vereador socialista valeguense, se insurge contra o estado calamitoso das vias: “A Câmara comprometeu-se a fazer a pavimentação de algumas ruas de Válega no designado PAR 14 (zona sul), prevendo-se gastar 230.000 Euros com essas obras, que ainda não estão em execução”. No entanto, observa, “o PAR 13, a norte, tem mais do dobro de extensão de ruas e não se sabendo ainda qual a previsão para a intervenção nesta zona da freguesia”.

Ainda no que respeita à obra do saneamento em Válega, Vitor Amaral considera que “fica mais que comprovado que o povo desta freguesia, além de trabalhador, é muito pacífico, porque poucas populações suportariam o que está a acontecer na freguesia com essas obras”.

As críticas apontam a “falta de coordenação na operacionalidade da obra”. Tomando como exemplo as Ruas da Corga do Norte e da Corga do Sul, “a primeira está na principal ligação entre Ovar e Oliveira de Azeméis, sendo a segunda rua com mais movimento automóvel da freguesia, atrás da EN 109. A segunda, Corga do Sul, é uma rua quase paralela à primeira, que desemboca a nascente na rua que faz a ligação entre aquelas duas cidades e municípios”.

Daí que, segundo o socialista, “não se compreenda, nem se possa aceitar, que ambas tenham sido intervencionadas quase em simultâneo, não deixando alternativa de circulação às muitas centenas de viaturas que diariamente fazem este percurso, ficando ambas em péssimo estado de circulação, quando deveria ter sido intervencionada apenas uma e só quando esta estivesse repavimentada é que seria intervencionada a outra”. “Isto não é apenas falta de coordenação e operacionalidade, é falta de respeito pelo cidadão”, sublinha.

Mas há mais: Há ruas intervencionadas há muito tempo, algumas delas há um ano, sem terem sido repavimentadas; Corte das valas é feito, em alguns casos, de forma a destruir quase toda a rua, na sua largura; Valas e ramais são tapados de forma irregular, sem a necessária compactação, de forma a que não fiquem lombas de grande altura ou buracos Sinalização de obra colocada em muitos casos de forma desadequada, colocando em perigo o trânsito automóvel.

Vitor Amaral, sendo natural e residente em Válega, entendo que a Câmara “deveria ter uma atitude mais reivindicativa perante o dono da obra e no lugar onde temos assento. Enquanto sócios da AdRA, deveria ser apresentado um veemente protesto, até porque o caso de Válega não é único a merecer forte reparo nas obras que são executadas no nosso município”.

“Não podemos ter perante a AdRA um papel de subserviência, de constante agradecimento pelas obras que aqui são executadas. Temos que ter uma atitude de diálogo e respeito, mas de exigência enquanto acionistas desta sociedade, sendo o segundo município com a maior percentagem de capital e um dos que mais contribui para os seus resultados. A AdRA, enquanto dona da obra e, como tal, primeira responsável pela mesma, não está a cumprir minimamente a sua missão e muito menos os seus valores que apregoa e que assentam no “espírito de servir, excelência, integridade, responsabilidade e rigor”.

O presidente Salvador Malheiro concorda que as obras não têm corrido como desejador, mas assegura que tem havido diálogo pressionante com a AdRA.

 

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