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Valter Hugo Mãe no Museu logo a seguir a Lisboa e Porto

O evento literário “À Palavra com…” contou, na passada quinta-feira (20 outubro) a participação do escritor Valter Hugo Mãe para mais uma tertúlia e a apresentação do seu mais recente livro, “Homens imprudentemente Poéticos”.
A sala do Museu de Ovar esteve cheia para ver e ouvir o escritor natural de Vila do Conde falar dos seus 20 anos de carreira, um percurso literário marcado por inúmeros prémios.

A apresentação da sua nova obra revelou que retrata um Japão antigo, atravessado por referências místicas.

Ovar teve o privilégio de, depois do Porto e Lisboa, ser a terceira cidade do país escolhida para a apresentação do seu romance, “Homens imprudentemente Poéticos”, a cargo de Ana Maria Ferreira, que concluiu tratar-se de um “maravilhoso exemplo de obra poética”.

O escritor mostrou-se muito agradado com o ambiente proporcionado por esta sessão no Museu de Ovar, afirmando que, “interessa-me mais esta vontade de encontrar pessoas que gostam de ler livros… que não têm medo do livro”.

Respondeu às curiosidades dos presentes, dizendo que desde muito cedo entendeu a poesia como “uma espécie de aventura que vivemos”, porque os livros, acrescentou, “às vezes aparecem para nos fazer acreditar em algo” ou seja, “a poesia é como um ofício de imprudência”.

A noite prolongou-se e os desafios do autor eram constantes em conversas como cerejas, em que o próprio admitia que se ia perdendo, mas cujas mensagens eram claras: “o meu livro é contra esta tendência de intolerância e radicalização na sociedade”.

Particular enfoque nesta tertúlia mereceu a cultura japonesa, tratando-se este livro de Valter Hugo Mãe de uma abordagem sobre um Japão antigo, com personagens principais, do artesão Itaro e o oleiro Saburoe sua vizinhança marcada por inimizades, que acabarão por tomar consciência da miséria e do destino comum, bem como da exuberância da natureza que os faz medirem a sensatez e o modo incondicional de amarem suas distintas mulheres que sofrem.

Autor de uma vasta obra poética, com romances como: A Desumanização; O Filho de Mil Homens; A Máquina de Fazer Espanhóis; O Apocalipse dos Trabalhadores ou O Remorso de Baltasar Serapião. Valter Hugo Mãe, que publica as crónicas “Autobiografia Imaginária” no JL, tem obras traduzidas em variadíssimas línguas e é uma das mais importantes vozes da literatura nacional.

José Lopes

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