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Breve história dos casinos físicos e online em Portugal

Las Vegas tem-nos… Macau tem-nos… Mas muito antes destas cidades os terem, já a Europa os tinha… Casinos, claro!

Evidentemente, o dramaturgo da Grécia Antiga, Sófocles, menciona a existência de dados de jogar, por isso parece que o ser humano sempre quis tentar prever e sistematizar o que na natureza parece não ter padrão.
Durante vários séculos, os cidadãos europeus entretiveram-se nas suas casas ou nas guarnições do exército com jogos de cartas e de dados e os portugueses não fugiam à regra. Até há menos de um século pequenas casas de jogo clandestinas podiam ser encontradas em cada esquina. É um fato histórico que Hintze Ribeiro, que foi primeiro ministro de Portugal entre os séculos XIX e XX, exerceu fortes campanhas de repressão ao jogo (clandestino), mas não teve muito sucesso, tal o jogo estava enraizado na sociedade da época.

Durante a primeira República, em 1911, existia já a expectativa do jogo finalmente ser regulamentado “…por razões de moralidade, de interesse geral e para favorecer o desenvolvimento das indústrias do Turismo…”, mas só em 1927 o governo decidiu que o direito de operar jogos de sorte e de azar estava reservado ao estado, podendo ele conceder contratos de licenças de jogo. A primeira licença foi dada à empresa Estoril-Plage, SARL, mais precisamente a Fausto de Figueiredo. Foi ele que na segunda década do século XX teve a visão de transformar o Estoril num centro turístico de ambições internacionais.

Planeado desde 1913, o Casino Estoril abre as suas elegantes portas em 1931, tornando-se um espaço de convívio, debate intelectual e diversão musical. A partir de 1940, o acesso rodoviário ao Estoril tornou-se muito mais fácil com a construção da estrada marginal ao longo da costa.

Durante a segunda guerra mundial, devido à neutralidade de Portugal e ao seu clima ameno e aprazível, o Estoril apresentava-se como último recanto de lazer e glamour, e atraiu milionários, artistas, diplomatas e espiões. O autor dos livros de James Bond, Ian Fleming, ter-se-á inspirado no Casino Estoril quando escreveu o livro “Casino Royale”.

Em 1985, o falecido magnata dos casinos de Macau, Stanley Ho tornou-se acionista maioritário do grupo Estoril-Sol que opera o Casino Estoril, o primeiro dos três casinos em Portugal que ele adquiriria (Casino de Lisboa e Casino da Pòvoa de Varzim seriam os outros dois).

Mas não só nos maiores centros populacionais a indústria do jogo floresceu em Portugal no início do século passado. Ao norte da cidade do Porto, na Póvoa de Varzim, a tradição e prática do jogo era muito forte, e vários estabelecimentos de jogo proliferavam na cidade e eram alvo de rusgas da polícia. O mais emblemático deles era o Café Chinês, cujo proprietário, Carlos Félix da Costa era filho de emigrantes portugueses no Brasil e que tinha viajado à China em várias ocasiões.

Ele decide investir em duas prometedoras zonas turísticas: Espinho (onde em 1861 tinha fundado o Café Chinês de Espinho) e Póvoa de Varzim. Em 1934, o casino de Póvoa de Varzim, com um belíssimo edifício de arquitetura neoclássica, é inaugurado enquanto em Espinho, o jogo foi autorizado em 1927 e o casino passou a chamar-se Casino Peninsular (mais tarde Grande Casino de Espinho). O casino em Espinho abriu e fechou várias vezes e várias empresas foram concessionárias de jogo e em 1989, após ter ganhado concurso público, a Solverde iniciou novo contrato de concessão.

Na Figueira da Foz , em 1928 um contrato foi redigido entre o governo e o Dr. Sotero de Oliveira, mas devido à não construção do hotel requerido pela Lei do Jogo, o contrato foi rescindido e só foi posta a concurso novamente em 1948. Tal como em Espinho, a concessão foi adjudicada a várias companhias ao longo dos anos e hoje em dia está nas mãos do Grupo Amorim.

Depois do 25 de Abril de 1974, o governo português continuou a apostar na fórmula de juntar sol, praia e jogo, e vários outros casinos começaram a operar pelo continente, ilhas e, claro, em Macau.
O Casino da Madeira abriu em 1976, os casinos da zona de jogo do Algarve (Casino de Vilamoura, Casino de Monte Gordo e Casino de Portimão) abriram em 1996 e 1997, o Casino de Chaves abriu em 2008, o Casino de Lisboa abriu em 2006, o Casino de Tróia abriu em 2011 e o Casino de S. Miguel nos Açores abriu em 2017. Ao todo são 12 casinos a operar em Portugal, sob controlo da SRIJ, controlo e inspeção de jogos.

Também em Macau, que durante vários séculos pertenceu a Portugal (sendo o território transferido para a China em 1999), o governo português legalizou a existência de casinos em 1849 para gerar receitas e, subsequentemente, mais do que 200 casinos adquiriram licenças de jogo.

O mais recente capítulo da história do jogo em Portugal deu-se em 2015, quando a lei do jogo online foi passada em 2015. Os operadores de jogo que queiram operar em Portugal necessitam obter uma licença legal e muitos grupos empresariais internacionais já apostaram no nosso país. Um dos casinos online mais fiáveis é o da Betano, um casino online que promove práticas de jogo responsáveis e a mais recente associada da APAJO — Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online. Cada vez mais portugueses sentem confiança nos operadores de jogo online licenciados, e quase seis anos passados da legalização do sector de casinos online já foi um caso de sucesso. Só no primeiro trimestre de 2021, os portugueses gastaram cerca de 128 milhões em jogos de casino online, onde os jogos mais populares são os jogos de slot, a roleta e o poker. Quanto maior a competição entre casinos – físicos e online- melhor as ofertas e as promoções, por isso é de esperar que o sector do jogo em Portugal continue a crescer.

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