OpiniãoPrimeira Vista

E se o Jovem Conservador de Direita for vareiro? – Lobo Mau

… ou no caso da presente rubrica, quem é que tem medo do Jovem Conservador de Direita?

Em dois anos, o Jovem Conservador de Direita (JCD) acumulou mais de 54 mil seguidores e uma autêntica legião de militantes que fazia escutar o seu suporte nas páginas de comentários.
Acabou banido pelo Facebook na segunda semana deste mês, por ter sido reportado como contendo discurso de ódio. Depois de uma publicação censurada por denúncias sobre Belmiro de Azevedo. Este foi o segundo ataque que a página satírica recebeu, já que há poucos meses tinha sido “vítima de racismo digital”, quando fez publicações irónicas sobre o Partido Nacional Renovador (PNR).

A página do JCD – de Sérgio Duarte, Frederico Saragoça e Bruno Henriques, uns de Ovar a viver em Aveiro e outro de Aveiro a residir em Ovar – foi então definitivamente eliminada.

O anúncio foi feito numa publicação no Facebook pessoal de Frederico Saragoça, na qual o humorista teceu duras críticas ao sistema de moderação da rede social e à forma como nos entregamos aos algoritmos. “É tremendamente injusto e grave o que se está a passar. Pensem apenas que a vossa liberdade de expressão nesta plataforma está dependente de um algoritmo cego que não analisa devidamente as situações denunciadas e permite que haja censura”, escreveu.

 A página, famosa pelo seu posicionamento profundamente irónico e que satirizava algumas figuras da esfera política nacional, sempre se notabilizou pela acutilância dos posts e já tinha sido anteriormente suspensa, devido uma onda de denúncias numa publicação onde era mencionado o partido PNR.

Apesar da suspensão parecer definitiva, o JCD garantia que iria continuar o seu trabalho em sítios onde tenha mais liberdade. “Foi uma vitória da censura e de um grupo de grunhos que conseguiram acabar com quase 3 anos de trabalho criativo ‘pro bono’. Durante esse tempo, escrevemos apenas por prazer e porque queríamos fazer um tipo de humor em Portugal diferente do que existia”.

Mas eis que, no passado dia 22, a página JCD regressou ao Facebook. “A equipa de Mark Zuckerberg teve um laivo de clarividência e verificou que tinha agido mal”, pensam vocês. ERRADO! Foi uma cunha.

“Uma pessoa que trabalha no Facebook, além-fronteiras, decidiu tratar deste assunto a título pessoal e fez com que o final não fosse final”, explicam os responsáveis pela conta. E, pronto, correndo o risco de ser desmentido, era isto. Porque, às vezes, Ovar é o epicentro de coisas verdadeiramente importantes que se passam neste país… e fora dele.

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