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Vigília na Torreira pela grávida desaparecida há quatro meses

Uma vigília pela grávida desaparecida faz este sábado quatro meses, decorreu durante toda a tarde, na Vila da Torreira, onde os familiares da vítima afirmaram ter sido Mónica Silva assassinada num apartamento do principal suspeito, Fernando Valente.

A família de Mónica Silva exigiu de novo que Fernando Valente diga onde, segundo os parentes da grávida desaparecida, foi escondido o corpo, depois de alegadamente assassinada dentro daquele apartamento, no centro da Vila da Torreira, na Murtosa.

Militares do Posto Territorial da Murtosa da GNR, deslocando-se num jipe, acompanharam sempre à distância e sem qualquer tipo de interferência, as movimentações dos familiares de Mónica Silva, entre a zona central de Pardelhas e a Vila da Torreira.

Mónica Alexandra de Oliveira e Silva, de 33 anos, grávida com sete meses de gestação, desapareceu na noite de 3 de outubro de 2023, ao sair de casa, na Murtosa, seria para tomar café, dizendo ao filho mais velho que voltaria, mas nunca mais foi vista.

À concentração juntaram-se vizinhos da grávida desaparecida, em solidariedade com a Família Silva, que residindo em Outeiro da Maceda, perto da Gafanha Baixa, na chamada Murtosa Velha, é muito estimada nas redondezas, Murtosa, Estarreja e Ovar.

O grupo, integrado em grande parte por pessoas que têm participado nas buscas populares para tentar encontrar Mónica Silva, concentrou-se inicialmente no parque de estacionamento do supermercado Intermarché, na Murtosa, seguindo para a Torreira.

Segundo apurou o OvarNews a vigília estava planeada para junto do edifício onde o principal suspeito do desaparecimento, Fernando Valente, está em prisão domiciliária com pulseira eletrónica, situado na freguesia de Pedroso, em Vila Nova de Gaia.

Mas a fim de acautelar eventuais problemas de altercação de ordem pública, aos quais não queriam estar ligados, os familiares de Mónica Silva resolveram já ao início deste sábado mudar o local da vigília para a Vila da Torreira, no concelho da Murtosa.

Família da vítima quer funeral

Fernando Valente, de 38 anos, divorciado, natural e residente na Murtosa, está preso faz hoje dois meses e meio, indiciado por alegado cometimento de crimes de homicídio qualificado consumado, profanação e ocultação de cadáver e de aborto agravado.

O principal suspeito e único preso, Fernando Valente, negou desde o início do caso qualquer ligação com o desaparecimento de Mónica Silva, embora os indícios entretanto recolhidos pela Polícia Judiciária de Aveiro o tenham “colocado” na situação.

Por isso, Filomena Silva, a porta-voz da família de Mónica Silva, exige que Fernando Valente diga onde terá escondido a sua sobrinha, acrescentando também que os pais do arguido também saberão o local onde estará o corpo, por isso deveriam revelar.

Manuel Marques Valente e Rosa Cruz Valente, os pais de Fernando Valente, nunca prestaram declarações aos jornalistas sobre as suspeições que estarão envolvidos no crime de Murtosa, mas o pai do detido já fez saber que a seu tempo irá fazer revelações.

A possibilidade de realizar um funeral digno e o luto definitivo enquanto decorrem as investigações criminais da PJ de Aveiro é aquilo que exigem ainda esta tarde os familiares, vizinhos e amigos de Mónica Silva, durante esta concentração na Torreira.

“Nunca desistiremos”, diz tia da vítima

Entretanto, Filomena Silva, tia de Mónica Silva e a porta-voz da família desesperada com o desaparecimento da grávida da Murtosa, referiu ao OvarNews que “nunca desistiremos de a encontrar, será uma questão de tempo, não baixaremos os braços”.

“O Fernando Valente matou-a, a ela e ao bebé, com a ajuda dos pais dele, disse não temos quaisquer dúvidas, mas acreditamos plenamente no trabalho da Polícia Judiciária de Aveiro e será tudo devidamente descoberto”, acrescentou-nos Filomena Silva.

Segundo explicou Filomena Silva, “por isso viemos à Torreira, onde sabemos que foi dentro daquele apartamento, aqui atrás de mim, que mataram a Mónica, grávida de já quase sete meses e meio, mas a justiça será feita, disso nós não temos dúvidas”.

JG

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