Política

Ministério Público investiga Salvador Malheiro após denúncia anónima

Salvador Malheiro, ex-presidente da Câmara de Ovar, e agora número quatro da lista da AD às eleições de 10 de março, estará a ser investigado pelo Ministério Público após uma denúncia anónima.

Segundo o Diário de Notícias, o social-democrata – que nega todas acusações – é suspeito de favorecer uma empresa na obra de recuperação de um edifício de espectáculos em Esmoriz depois de alegadamente ter recebido 120 mil euros de suborno, dinheiro que terá sido entregue em envelopes entre 2016 e 2017.

Ao DN, Salvador Malheiro diz não conhecer José Barros de Sousa ou as suas empresas. “Era a obra que eu tinha mais interesse em que corresse bem, por eu ser daqui de Esmoriz. O processo fala por si. É cristalino”, afiança o candidato a deputado da AD, que desvaloriza as suspeitas. “Deve haver várias denúncias anónimas sobre isto. Estou completamente tranquilo”.

Malheiro e Domingos Silva admitem conhecer bem Mário Monteiro, que foi militante do PSD em Ovar durante 40 anos, mas não lhe atribuem credibilidade, vincando que hoje Monteiro está no Chega. “Não merece credibilidade. Está numa cruzada e não é de agora”, desvaloriza Domingos Silva. E negam qualquer irregularidade num processo que, dizem, seguiu todos os trâmites legais. “Todos os pagamentos [de trabalhos em obra] foram feitos mediante autos de medição feito pelos técnicos da Câmara”, vinca Salvador Malheiro.

Há uma fatura de 11.500 euros pagos pela Goldpromise à Engasp, que é justificada com “prestação de serviços de engenharia”, e há um cheque datado de 9 de novembro de 2019 no valor de seis mil euros também para a empresa que tem sede fiscal na antiga morada dos pais de Salvador Malheiro e cujo NIF é usado pela mulher de Malheiro num negócio de venda de bijuteria online.

“Deixei de ser sócio antes de ser presidente de Câmara”, reage Salvador Malheiro, descartando qualquer intervenção sua na empresa que continua nas mãos de um irmão que é engenheiro civil e de uma irmã médica.

Apesar de a Câmara de Ovar já ter gastado mais de 1,2 milhões de euros no Esmoriztur, a prometida sala de espetáculos com 500 lugares continua por concretizar. A Câmara chegou a lançar um novo concurso público no valor de 2,3 milhões, mas não houve interessados.

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