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Francisco Dias sonha cantar com Fernando Daniel

Pequeno prodígio conquistou todos no "The Voice Kids"

Passa hoje uma semana sobre a estreia da nova temporada do concurso “The Voice Kids”, na RTP1.

Naquele domingo, mal abriu a boca, ouvimos um dos potenciais vencedores da nova edição do concurso de pequenos cantores: Francisco Ungaro Dias, de 13 anos, de Ovar.

Ele foi o último a subir ao palco, seguro de si e a sua voz deixou os quatro mentores surpreendidos. Numa interpretação impecável, encantou com a sua versão do tema “Believe”, original da cantora norte-americana Cher, num formato popularizado por Adam Lambert.

Resultado: virou as quatro cadeiras e no momento de optar, escolheu ficar na equipa do mentor Carlão. “Veio até mim, abraçou-me e disse que eu podia ser o vencedor”, recorda Francisco, com alegria.

Francisco Dias deixou o público de boca aberta e os jurados rendidos, mas o mentor que ele queria era o Fernando Daniel. Aliás, são praticamente vizinhos no Furadouro, mas nunca se encontraram.

Esta vontade de participar nasceu quando ele viu o Fernando Daniel a ganhar o “The Voice”, ainda era muito pequenito, tinha apenas seis anitos”, recorda o pai. Sonha um dia poder conhecê-lo pessoalmente e, quem sabe, cantar ao seu lado.

Este ano, o Francisco achou que tinha chegado o momento, “pediu muito e lá fomos”, diz o pai.

Os genes estavam lá. “O bichinho da música vem do pai e o jeito para o desporto é da mãe”. Francisco é bicampeão nacional de minivolei e está quase apurado para a Final8 pela Académica de Espinho, onde joga.

Muito focado e tranquilo, Francisco encara os desafios com confiança. “O único momento em que fiquei apreensivo foi quando vi dois ou três meninos antes de mim que não viraram cadeiras”, lembra.

Nos bastidores, Bruno acabou por não ver bem a prova do filho, “mas do que consegui ver ele usou uma boa expressividade e ouviu os meus conselhos, o que eu achei delicioso”.

Francisco fez 13 anos no dia 31 de dezembro, estuda muito, tem excelentes notas na Academia de Vilar do Paraíso e até já fez parte do elenco do musical “Música no Coração”.

Claro que o pai vibra com o sucesso do filho. “Está a ser melhor do que comigo próprio, porque lhe reconheço um talento incrível”.

“No meu tempo não havia, mas hoje as redes sociais e as métricas de ‘streaming’ ditam leis, mas o que verdadeiramente importa é que ele é feliz no que faz”, ajuiza.

Mas o pai não é um total desconhecido. Bruno Dias participou no concurso “Chuva de Estrelas”, na década de 1990. Deu nas vistas e foi apurado para uma meia final do concurso da sic. “Estive a um passo da final do Coliseu dos Recreios”.
Durante 20 anos, Bruno andou na música e lá fora era muito reconhecido, “mais do que na minha terra”. Abandonou as lides musicais  porque “era um desgaste enorme”. O último trabalho que fez foi na Academia de Música de Oliveira de Azeméis e foi um “gozo enorme”. Depois foi para Gaia, casou e lá residiu 25 anos. “Há 3 anos regressei e estou a viver no Furadouro outra vez”. Passou a acompanhar o filho “que tem muito mais talento do que eu alguma vez tive”, destaca.
Mas dá muito trabalho. “Os dias com o meu filho são sempre assim: Para além da escola, da catequese, dos escuteiros e da música, o Francisco ainda tem o voleibol”. Vamos aguardar pelo trajeto do Francisco, desejando-lhe muito sucesso no programa.
Chuva de Estrelas

O concurso “Chuva de Estrelas” surgiu a 1 de outubro de 1993 na SIC, aproveitando um formato já existente no estrangeiro. O programa consistiu em apresentar uma série de cantores amadores que iam à televisão imitar os seus ídolos. Aquele que se aproximasse mais da realidade vencia o concurso. Ao concorrente, cabia imitar a voz e a imagem do cantor escolhido, e depois era avaliado por um júri composto por três elementos. Cada sessão do “Chuva de Estrelas” era uma eliminatória e depois o concurso prosseguia com oitavos de final, quartos de final, meia-final e final. As finais do “Chuva de Estrelas” tiveram lugar no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e serviram para revelar alguns jovens que se tornaram, também eles, cantores consagrados, como por exemplo, Sara Tavares, que imitou Whitney Houston.

 

 

 

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