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Noite Mágica põe INEM do Hospital de Ovar em prontidão

Há profissões que não têm descanso, mesmo em dias de festa, como é o caso do Carnaval, festa das mais importantes do calendário vareiro.

Há profissionais que não podem parar nestes dias. Médicos e enfermeiros são os que nos vêm logo à memória entre os que não descansam nestes dias festivos. Mas não são os únicos.

Esquecemo-nos que, para um doente chegar até um hospital onde vai receber assistência médica, é preciso haver alguém no anonimato de um plantão prolongado à espera de uma chamada. São os Técnicos de Emer­gência Pré-Hospitalar que operam as ambulâncias do INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica de Portugal.

“Quando faço férias no Carnaval digo sempre que são férias a triplicar”, diz, a rir, Rafael Sá, Técnico de Emergência Pré-hospitalar na ambulância do INEM do Hospital Dr. Francisco Zagalo, em Ovar

Diferentemente das outras fases festivas do ano, como o Natal, por exemplo, no Carnaval, em especial na Noite Mágica, os técnicos do INEM já estão preparados para lidar com “situações de menores de idade bastante “tocados” e depois gerir essas situações com os pais e amigos”.

Para lá dos problemas para a saúde dos mais jovens que ingerem muito álcool muito rapidamente, Álvaro Sá descreve que “são quase sempre menores e não há quem se possa dizer que é o responsável, o que, para nós e para o Hospital, ou PSP, dá várias dores de cabeça do ponto de vista legal”.

A Noite Mágica do Carnaval de Ovar obriga a turnos muito reforçados, com Bombeiros de vindos de localidades onde não há tradição carnavalesca, a afluírem a Ovar para qualquer eventualidade. A Cruz Vermelha também colabora.

O INEM está fora do dispositivo e do recinto da festa da Noite Mágica mas tem um elemento no CODU – Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) que “articula connosco porque também há festa fora do recinto, muito embora possamos entrar numa emergência”.

O Carnaval é um pouco como a Passagem de Ano, dada a tipologia dos casos. Relacionam-se mais com os abusos na bebida, o que leva a acidentes rodoviários, agressões físicas, entre outros.
“Com a prevenção rodoviária, não tem havido tantos acidentes nesta noite”, aponta Rafael que lembra que quando começou “havia muito mais” e que agora “as pessoas controlam-se mais ao volante”.
Rafael Sá vem para Ovar, mas a família fica em Pardilhó, Estarreja. “Mas os turnos de 12 horas permitem-nos passar a maior parte do dia com a família, uma vez que entramos às 20 horas”, explica. Aliás, “sabíamos como era esta profissão, esta missão é assim mesmo. Quando conheci a minha mulher já trabalhava aqui e os meus filhos nunca conheceram outra realidade”. “Custa sempre um pouco, mas estamos nisto pelo amor à profissão”.

Nunca saber o que vai acontecer em cada dia mantém o espírito alerta. “Nós somos técnicos, não somos médicos ou enfermeiros”, frisa Rafael Sá. Por isso, existe em Oliveira de Azeméis, por exemplo, e por vezes é accionada, a Ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) que garante cuidados de saúde diferenciados, designadamente manobras de reanimação, até estar disponível uma equipa com capacidade de prestação de Suporte Avançado de Vida. Este conceito é extensível às situações que poderão evoluir para Paragem Cardiorrespiratória, caso não sejam imediatamente tomadas as medidas necessárias.

 

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