Opinião

O Futuro no Canudo – Ricardo Alves Lopes

Ovar não é só da autarquia, que fique claro. Ovar é uma cidade, um concelho, que não se faz apenas de decisões autárquicas, também se faz do investimento privado, da vontade das pessoas e da sua energia.
Por estes dias, temos tido boas notícias para o bem do nosso concelho.

É a Casa das Festas, com o nosso pão-de-ló, que sai na revista Evasões, é o restaurante Concha de rosto modernizado, o Amadeu que, para além de renovado alojamento, apresenta uma nova esplanada, um carrinho de gelados nas redondezas, uns concertos a acontecerem na praça, um F.U.R.A que irá acontecer com mão privada, um hotel que estende para o areal uma imagem de praia paradisíaca, uma lojinha de pequenas artes que abre no centro da cidade, tantas coisas.

Num verão em que o céu teima em apagar-se em melancolia, olvidando os veraneantes do tão bom que é estar estendido ao sol, num areal que convida a palmilhar caminho até ao mar, vão acontecendo outras coisas que alegram os que por cá vão passando. O Ovarmemorias, por exemplo, pela mão do Guilherme Terra, festeja o seu ano de existência com uma exposição no Dolce Vita, que aconselho a visita. Não só pelo Guilherme, pelos 24 fotógrafos ou pelo Ovarmemorias, mas principalmente pelo que lá encontrarão. Juntar o saudosismo ao presente, com o bónus da vertente artística, só pode dar um resultado maravilhoso.

O céu está escuro, é verdade, mas a cidade está luminosa. Paulatinas, as coisas acontecem. Há muito de governação em investimentos culturais, principalmente, mas também começa a haver cada vez mais de investimento privado, numa cidade que há muito carecia disso. Temos uma zona Industrial que não se desmoronou e onde algumas empresas começam a crescer, temos pequenas empresas de serviços a despontar, temos uma faixa etária jovem a apostar na sua formação, temos alguns filhos da terra a serem bem-sucedidos. Se não podermos estar optimistas, pelo menos orgulhosos já podemos estar.

O futuro é só amanhã, mas constrói-se hoje. E ele vai-se vendo. Ainda está dentro de um canudo, cheio de incertezas, mas já se consegue espreitar para ele. Eu acredito. Mas eu sou eu e respeito toda gente.

Ricardo Alves Lopes (Ral)
http://tepestadideias.wordpress.com
[email protected]

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