Em Pereira Jusã, em Válega, decorreram as comemorações dos 503 anos da atribuição do Foral Manuelino, numa organização da junta valeguense, na última sexta-feira.
Num cenário rústico e rural, com archotes a iluminarem o antigo edifício da Câmara Municipal, junto do Pelourinho, actuaram a Companhia Vareira, seguindo-se os Tambores de Santa Maria da Feira, juntando-se a Companhia Vareira que dançou ao ritmo dos tambores e gaitas de foles.
O casal Tozé e Celeste, moradores no local, foram homenageados por serem muito dedicados à causa das comemorações que se realiza desde 2014, defendendo desde sempre a preservação do património histórico que resta do que foi a antiga sede de concelho, entre os séculos XVI e XIX.
Leu-se um excerto da carta de Foral Manuelino de Pereira Jusã e poesia trovadoresca foi declamada por um elemento da companhia Contacto.
Um dos pontos altos das comemorações foi a encenação do Julgamento e a Sentença junto do Pelourinho, realizado pelos moradores do lugar de Pereira Jusã, cujo texto da encenação teatral foi escrito por Celeste Lopes que contextualizou um roubo de galinhas dum morador a um vizinho e a carta da sentença ao estilo no inicio do século XIX, escrito por Marcos Muge.
Encerraram-se as comemorações, com o descerramento da placa toponimica com a designação de “Praça Câmara Municipal de Pereira Jusã”, pelos presidentes da Junta e Assembleia de Freguesia de Válega, Jaime Almeida e Vitor Amaral, respectivamente, e pelo presidente da Assembleia Municipal de Ovar, Pedro Braga da Cruz, e Marcos Muge, autor da mesma, que sugeriu esta alteração toponímica “em nome da correcção da história”.