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Projecto de desassoreamento revisto em “alta” para Ovar

Implementado pela Polis Litoral Ria de Aveiro – Sociedade para a Requalificação e Valorização da Ria de Aveiro, S.A, o Projecto da Transposição de Sedimentos para Optimização do Equilíbrio Hidrodinâmico na Ria de Aveiro aumentou o volume de dragagem previsto para o canal de Ovar até ao Carregal.

O anteprojecto previa 187.550 metros cúbicos (m3) de dragados que passaram a 189.545 no projecto de execução. O que contrasta com o total da laguna que passou de 916.986 para 736.768 m3 de dragados.

Ajustes que se devem, sobretudo, à necessidade de dar cumprimento a exigências da Declaração de Impacte Ambiental (DIA).

De resto, a Polis prevê a deposição dos dragados resultantes da operação para diversas finalidades.

No Canal de Ovar até ao Carregal, a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) aponta que a deposição dos dragados neste troço deve ser feita “no tardoz da duna para reforço do cordão dunar”, caso seja confirmada a compatibilidade dos sedimentos dragados. Em alternativa, a deposição poderá ser feita no mar, fora da época balnear, devendo os sedimentos ser colocados na zona de rebentação (praia imersa), de forma a lavar o sedimento e reforçar a deriva litoral.

Quanto ao depósito previsto para o delta do Rio Cáster, a Polis adverte que deve ser apresentada e avaliada a possibilidade de relocalização para a zona nascente marginal do Lugar da Marinha, como proposto pela Câmara Municipal de Ovar, onde efevtivamente poderá assumir a função de proteção do lugar contra cheias.

A intervenção de desassoreamento na ria de Aveiro, orçada em 23,5 milhões de euros, é o maior dos investimentos hídricos previsto pelo Governo e o concurso será lançado este ano, depois de solicitações e aprovações das autarquias.

Caudal incerto
A sociedade do Polis Litoral Ria de Aveiro concretizou, entretanto, várias intervenções na Ria, reabilitando de zonas de acostagem em diversos pontos, mas subsiste o problema do acesso para os barcos que, devido ao assoreamento dos esteiros e canais, têm de esperar por maré para atracar nas novas infraestruturas, ou não conseguem, de todo, navegar.

Os principais problemas de navegação verificam-se ao norte, no canal de Ovar até ao Carregal, bem como nos esteiros da Murtosa, e do lado sul no canal de Mira, para lá da Vagueira, e no Rio Boco.

Os pescadores queixam-se de ter de esperar por maré para acostar os barcos nos cais que a Polis reabilitou e querem “obras definitivas” que garantam a navegação e acesso permanente aos cais.

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