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56.º aniversário do Museu assinalado entre amigos

A Sala dos Fundadores do Museu de Ovar foi pequena para acolher a grande família do Museu de Ovar que se juntou para assinalar o seu 56.º aniversário, na passada sexta-feira.

O recheado programa comemorativo proporcionou momentos de reconhecimento e partilha firmadas ao longo de mais de meio século de vida que, “não sendo muitos anos, comparativamente com outras instituições locais, são de muita qualidade”, afirmou o presidente da Assembleia Geral do Museu de Ovar, Oliveira Dias, secundado pelo vice-presidente do Município de Ovar, Domingos Silva, que acrescentaria, “esta Casa tem um papel muito importante nas nossas vidas”.

Este ano a direcção decidiu homenagear através de uma exposição, quatro mestres recentemente falecidos, Querubim Lapa, José Mouga, Luís Darocha e José Rodrigues, que confiaram ao espólio deste Museu, ao seu fundador José Augusto Almeida, várias obras de arte que são a base desta mostra entre os dias 13 e 31 de janeiro.

Trabalhos de pintura, desenho e cerâmica, que emolduraram a Sala que reuniu entre as várias entidades convidadas, familiares, amigos e estudiosos das obras de alguns dos artistas homenageados. Mestres já ausentes entre os vivos mas cujo laços pessoais criados o director do Museu de Ovar, Manuel Cleto, fez questão de realçar.

Entre vários outros amigos que igualmente mereceram figurar na lista de nomes a homenagear neste 56.º aniversário, constaram amigos também já falecidos, como, João Peixinho, um ovarense que deixou ao Museu de Ovar um significativo
património sobre a ciência e o ciclo da Apicultura, tal como, Serafim Lopes Andrade que doou a colecção permanente de peças da Fábrica de cerâmica do Carvalhinho, e Joaquim de Sousa, lembrado como um ilustre benemérito que nos EUA deixou donativos financeiros a algumas instituições de Ovar, como o próprio Museu que da sua parte, quis assim
agradecer à família presente na cerimónia.

Presentes estiveram ainda familiares de Jorge Carvalho, que com José Augusto Almeida e Manuel Silva (o único sócio fundador ainda vivo), foram os três fundadores do Museu de Ovar.

Na noite inesquecível para a vida de mais de meio século da Instituição, ouviram-se palavras de reconhecimento e incentivo à Instituição aniversariante para continuar com a dinâmica que vem mantendo, por parte dos autarcas presentes em representação da Câmara Municipal e dos órgãos  autárquicos da União de Freguesias de Ovar, em que José Fragateiro, presidente da Assembleia de Freguesia da União (UFO) reconheceu, “O Museu surpreende-me sempre” e lembrou até o seu pai José Macedo Fragateiro, que enquanto deputado no Parlamento, teve várias intervenções sobre a valorização do Museu de Ovar, ao mesmo tempo que Nuno Sampaio Pinto, Tesoureiro da UFO) confessava estar agora a despertar para tal dinâmica.

Já Domingos Silva que começou por reconhecer que, “a vida desta associação tem falado por si”, ainda realçou, “que a grande parceria da Câmara é com a dinâmica do Museu”, dando como exemplo a decisão de suportar os custos do livro “Museu de Ovar como nasceu e cresceu”, ali apresentado
pelos autores dos textos, Manuel Silva e Manuel Brandão.

Caberia assim ao único sócio fundador ainda vivo, Manuel Silva e ao director Manuel Brandão falar de um livro, que ainda que publicado neste 56.º aniversário como uma prolongada sessão de autógrafos. As suas memórias limitam-se a um espaço temporal das comemorações dos 50 anos, em que reconhecem neste trabalho com prefácio de Alberto Sousa Lamy, que, sem quererem correr o risco “de involuntariamente, esquecer algum nome. Mesmo assim, entendemos que não podemos deixar de mencionar o casal Coentro de Pinho, bem como o José Augusto de Almeida”.

Neste livro com edição e propriedade do Museu de Ovar, numa primeira parte, Manuel Silva conta a história do nascimento do Museu até Abril de 1974, enquanto numa segunda parte, Manuel Brandão faz a compilação de dados por si recolhidos sobre factos de alguma relevância ocorridos até aos 50 anos do Museu.

A quarta parte procura homenagear todos quantos, “quiseram partilhar mais de perto com alegrias e dificuldades vividas no Museu, dele fazendo parte nos seus órgãos sociais”.

José Lopes

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