Saúde

70 anos do Prémio Nobel da Medicina a Egas Moniz

Egas Moniz recebeu o Prémio Nobel da Fisiologia e Medicina a 27 de outubro de 1949 pela descoberta da leucotomia pré-frontal. Estarreja e Coimbra assinalam estes 70 anos da atribuição do galardão ao neurocientista natural de Avanca, único no país no domínio da Ciência, com um conjunto de actividades, nos dias 26 e 27 de outubro, com o fórum “O Cérebro no Século XXI”, no Convento de São Francisco, em Coimbra, e o concerto dos “Alma de Coimbra”, no Cine-Teatro de Estarreja (CTE).

No sábado, dia 26 de outubro, Coimbra, a “Nobre Cidade” que Egas Moniz dizia nunca se poder esquecer, recebe o fórum “O Cérebro no Século XXI”, no Convento de São Francisco. Com início marcado para as 9 horas, este evento conta com quatro simpósios que vão discutir os avanços do conhecimento na área do cérebro, nomeadamente na investigação e no tratamento das doenças do sistema nervoso. Será ainda inaugurada a exposição “Egas Moniz: um olhar” que evoca a memória e a obra de Egas Moniz.

No domingo, dia 27, às 16h, decorre no CTE, a cerimónia de entrega do Prémio Egas Moniz em Neurorradiologia 2019, um prémio bienal, de carreira e de tributo à Neurorradiologia portuguesa. Durante esta sessão realizar-se-á também a apresentação oficial da “Bolsa Egas Moniz – Investigação Neurocientífica” a atribuir bianualmente, que visa dinamizar a apresentação de trabalhos de investigação originais e inovadores em temas de ética, medicina, saúde pública, biologia e ciências da vida, bem como estimular a cultura científica e a investigação clínica, na área das neurociências.

Logo de seguida, “Alma de Coimbra” sobe ao palco para um concerto de homenagem ao também cientista, professor, político, escritor, ensaísta e industrial. Antigos alunos da Universidade de Coimbra, encontram na música um espaço agregador e propiciador do cultivo dos ideais que pautaram os seus anos de vida académica. Tendo como núcleo central um coro masculino, as suas apresentações incluem, por norma, as guitarras e os fados de Coimbra. Graças ao talento e à criatividade do seu maestro Prof. Augusto Mesquita – autor dos arranjos corais de todos os temas que executam – o “Alma de Coimbra” procura, no país e além-fronteiras, a divulgação dos poetas, autores e intérpretes portugueses ou de língua portuguesa. A iniciativa é de entrada gratuita.

As comemorações desta efeméride tiveram início no passado dia 12 de maio em Vouzela, terra onde moraram os avós maternos e a mãe de Egas Moniz. Foi inaugurada a exposição “Egas Moniz, Cidadão Honorário de Alcofra”, na sede da Casa do Povo de Alcofra, e que contou com documentos e objectos pessoais de Egas Moniz. Nesta mostra, comissariada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e que esteve patente até 20 de maio, os visitantes tiveram a oportunidade de contactar com a vida e obra do Prémio Nobel a partir de um conjunto de peças, documentos e fotografias cedidas pela Câmara Municipal de Estarreja e  Casa Museu Egas Moniz que permitem perceber esta relação e ligação a Alcofra, e de alguns trabalhos elaborados pelos alunos do 1.º ciclo da Escola de Viladra que executaram ao longo de oito meses, depois de visitarem a Quinta do Marinheiro  e Casa-Museu Egas Moniz, em Avanca.

A Universidade de Lisboa também lembrou esta data. No Dia da Faculdade de Medicina, 16 de setembro, foi inaugurada a exposição dedicada ao Professor Egas Moniz, que contou com a colaboração na Câmara Municipal de Estarreja na cedência de peças e imagens. Fica aberta ao público até ao próximo dia 31. Foi ainda apresentado o livro “Egas Moniz – legados da sua vida e obra”, de Vítor Oliveira.

Em outubro, dia 5, a Casa Municipal da Cultura de Estarreja recebeu a exposição “Desenhar o Tempo – o Teste do Desenho do Relógio”, que tem como ênfase um dos instrumentos utilizados para a compreensão do funcionamento do cérebro e detecção de demência. Desenhar um relógio como representação do tempo envolve a colaboração de várias capacidades cognitivas progressivamente afetas nas situações de demência. Esta mostra, que pode ser visitada até dia 3 de novembro, insere-se no programa EU no musEU, de estimulação cognitiva e social do Museu Nacional de Machado de Castro, para pessoas com demência e seus cuidadores, em parceria com a Alzheimer Portugal, que se desenvolve desde novembro de 2011.

 

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