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Família da grávida desaparecida da Murtosa continua buscas [c/ vídeos]

A família da grávida de sete meses desaparecida a 3 de outubro na Murtosa, apesar de confrontada com uma cratera vazia num pinhal da Torreira, suspendeu as buscas ao início da noite de domingo, mas os trabalhos continuam durante esta segunda-feira.

Um coveiro da freguesia de Fermentelos, em Águeda, António Manuel, aconselhou os voluntários a procurarem durante esta segunda-feira locais com covas mais recentes, nas imediações do mesmo estradão, mas já mais próximo da Costa da Torreira.

A curiosidade de muitos populares levou a um elevado número de automóveis estacionados à berma da Estrada Nacional 327, entre a Torreira e São Jacinto, levando a GNR da Murtosa a atuar, obrigando os automobilistas a saírem, sob pena de os multar.

Uma retroescavadora cedida e operada por um empresário da Murtosa reforçou, ainda ontem, os trabalhos, mas existem outras covas nas proximidades e a família de Mónica Silva não desiste de encontrar o corpo para fazer o funeral, segundo já reiterou.

Os trabalhos de remoção da terra iniciaram-se na tarde de domingo, mobilizando voluntários da Murtosa e de Estarreja, só que em face do anoitecer mais cedo nesta época do ano, continuarão, apoiadas por um drone, já com duas equipas de operacionais.

Os familiares de Mónica Silva, alertados por um transeunte, Alexandre Rebelo, de Veiros, freguesia de Estarreja, mas que faz fronteira com a Murtosa, dando conta da existência de covas recentemente tapadas, na Torreira, foram domingo para o terreno.

Apoiados por voluntários, de pás e sacholas, os parentes de Mónica Silva, a vítima que a Polícia Judiciária de Aveiro acredita ter sido assassinada, detendo o principal suspeito, que ficou logo preso preventivamente, não hesitou e colocou já mãos à obra.

O facto de tudo indicar que a grávida de sete meses foi assassinada num apartamento da Torreira, que é pertença do principal suspeito, Fernando Valente, leva a família a incidir as suas buscas no referido pinhal, situado três quilómetros a sul dessa casa.

Família quer fazer o luto

Filomena Silva, tia da vítima e porta-voz da família, triste por continuar a não dar com o corpo de Mónica Silva, explicou aos jornalistas que tendo a PJ encontrado vestígios hemáticos e detido o principal suspeito, “agora há que a família realizar o luto”.

“Mas para isso é necessário encontrarmos o corpo da Mónica, a fim de fazermos o funeral, é por isso que nos mobilizamos já com o apoio de tantos voluntários, a quem agradecemos o empenho que têm demonstrado”, segundo salientou Filomena Silva.

Nos últimos dias, foi vistoriado um poço, próximo de Ribeira Nova, na Murtosa, primeiro pela GNR da Murtosa, PJ de Aveiro e Bombeiros da Murtosa, mas não deram com o corpo da vítima, tal como depois a família de Mónica Silva também não deu.

Entretanto, o Destacamento Territorial da GNR de Ovar e mais diretamente através do Posto Territorial da GNR da Murtosa, tem passado assiduamente por todos os locais onde decorrem as buscas populares, mas mais por uma questão de ordem pública.

Joaquim Gomes/OvarNews

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