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Obras da compositora vareira Ângela Lopes ganham nova vida em Braga

A nova versão conjunta de duas obras da vareira Ângela Lopes – Trio para trompa e electrónica e Trio para vibrafone e eletrónica – tem estreia marcada para o próximo dia 20, no Salão Nobre do Edifício dos Congregados da Universidade do Minho, em Braga.

A apresentação da nova versão das duas peças de 2019 realiza-se no contexto do projeto “MBB – Musical Bounce Back, Promoting the Role of Women in Music and Connecting for a New Pedagogy”.

Também no dia 20 e no mesmo local, Ângela Lopes participa na mesa redonda “Conversa com Compositoras Portuguesas Contemporâneas”.

Ângela Lopes é natural de Arada, Ovar, concluiu o Curso de Composição, na classe de Cândido Lima, na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, no Porto, em 2000.

Estudou ainda com Virgílio Melo, com quem colaborou na realização electrónica de obras diversas e no grupo MC47 – grupo de música mista da ESMAE; com Filipe Pires e com Álvaro Salazar, partilhando com este último a edição do CD Dual. Em 2004, iniciou o Doutoramento na Universidade de Aveiro, sob a orientação e co-orientação dos compositores João Pedro Oliveira e Mario Mary (na Universidade Paris VIII), respectivamente.

Participa habitualmente na realização técnica electroacústica de obras várias do compositor Cândido Lima como em CHANTIER-Melodias em Pedra (2019), BAGATELA PARA MARIMBA E ELECTRÓNICA-1770-2020 (Beethoven) (2020) ou, ainda, Três Regalos-Nova versão para saxofone contralto (2020), entre outras. Colabora e/ou participa com regularidade nos festivais Música Viva e DME/Dias de Música Electroacústica.

Salienta-se a sua colaboração na projecção electroacústica das obras musicais Madonna of Winter and Spring, de Jonathan Harvey, na Casa da Música, no Porto (Música Viva 2007) e Mixtur, de Karlheinz Stockhausen, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa (Música Viva 2008), ou a sua participação, em parceria com o compositor Cândido Lima, no projecto A paisagem sonora em que vivemos, apresentado durante a 55ª edição do festival DME, em 2017; a sua participação na 3ª edição do Simpósio “Cultura e sustentabilidade”, no Lisboa Incomum, com a estreia da obra Reciclo-Recírculos e a comunicação Reciclo-Recírculos – em forma de sanza (reutilizar-reciclar), em 2019; bem como, a organização conjunta com o compositor Cândido Lima do concerto ARQUITECTURAS – O que vamos ouvir?, com música de ambos os compositores, na Casa das Artes (Porto, 2019).

Compõe para formações diversas, música mista, música electroacústica e de multimédia, sendo a sua música interpretada em concertos em Portugal e no estrangeiro, em países como Brasil, Coreia do Sul, Espanha ou Holanda, por intérpretes de renome na música contemporânea. Compõe também música para teatro. Tem diversas obras obras publicadas em partitura, CDs e/ou DVDs, o último dos quais Ver os sons, ouvir imagens I, pelo Duo Contracello (edição Musicamera). É publicada também pelo Centro de Investigação e Informação da Música Portuguesa. É membro da Fondazione Adkins Chiti (Itália), da Associação de Compositores de Portugal e da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).

A compositora faz parte do MC47 – grupo de música mista, com direção de Virgílio Melo. Colabora igualmente com o Grupo Música Nova, com direção de Cândido Lima, e tem composto para diferentes tipos de formações.

Ângela Lopes integra ainda a exposição “O Fabricar da Música e do Silêncio – Compositoras Portuguesas do Século XX”, inaugurada no passado dia 14 de fevereiro, inserida nas comemorações do 44.º aniversário da Casa do Professor de Braga.

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