
Para assinalar as comemorações do Centenário 1925 – 2025, o Grupo de Acção Cultural de Válega, a família de Glória de Sant’Anna, a Junta de Freguesia de Válega e a Câmara Municipal de Ovar, celebram a universalidade da poesia da autora.
A celebração, que decorre este sábado, 24 de Maio, no Museu Escolar Oliveira Lopes, em Válega, conta com a participação do grupo Dicere Poetica, de vários escritores de países de expressão Lusófona, música pelos Dues–Duo e com uma performance de Xavier Paes: TEM PO TEM PÓ.
A sessão inclui ainda a apresentação do livro “Silêncio Aberto – 100 Anos | 100 Autores”, colectânea de poesia, textos e ensaios de autores de Países e Regiões Lusófonas.
No âmbito das celebrações será inaugurada a exposição ANTE + POST, de Rui Paes que convida Nadja Maya, Inês Tartaruga Água e Xavier Paes a expor em conjunto. Gerações em diálogo que juntam pintura, escultura, vídeo e desenho.
Rui Paes, pintor, ilustrador e muralista, nasceu em Moçambique. É um dos seis filhos da escritora Glória de Sant’Anna e do arquitecto Afonso Henriques Manta Andrade Paes.
Na próxima segunda-feira, decorre a cerimónia de alteração da denominação da Escola Básica de Regedoura para Escola Básica Glória de Sant’Anna.
Glória de Sant’Anna nasceu em Lisboa, a 26 de maio de 1925. De seu nome completo Maria da Glória Fonseca de Sant’Anna Andrade Paes, casou com o arquiteto Afonso Henriques Manta Andrade Paes, natural de Válega, vila onde a escritora se estabeleceu desde 1975. Viveu em Moçambique entre 1950 e 1974; em Porto Amélia (atualmente Pemba) e Vila Pery (Chimoio). Poeta, prosadora, jornalista, radialista e professora deLínguas e História, em 1961 recebeu pela Academia de Ciências de Lisboa o Prémio Camilo Pessanha com a obra “Livro de Água”. É-lhe atribuída a criação da base de uma tradição de lirismo na poesia moçambicana.