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“Correr é viver intensamente, curva a curva” – Carlos Ferreira

O piloto feirense fala sobre a sua carreira, o Citroën Saxo, os desafios de competir e os planos para o futuro.

O piloto Carlos Ferreira, da Brazcar Racing / CIRAC, é uma das figuras mais regulares do Campeonato de Portugal de Montanha JC Group. Natural de Santa Maria da Feira, com 47 anos, é técnico de mecatrónica e iniciou-se na competição em 2016, construindo desde então uma carreira sólida, marcada pela evolução constante e por resultados de relevo no panorama nacional.


Com uma carreira construída passo a passo desde 2016, Carlos Ferreira é hoje uma presença respeitada na montanha nacional. Competitivo, disciplinado e apaixonado, representa o espírito genuíno dos pilotos que fazem da velocidade uma forma de vida. Um nome que continua a crescer no panorama do Campeonato de Portugal de Montanha, sempre fiel ao lema de que “correr é viver intensamente, curva a curva.”

Quando começa uma prova, o que é que vai na sua cabeça?
Nesse momento, estou sempre concentrado no traçado do circuito ou rampa. Sempre com o pensamento de que estou a realizar uma das coisas que mais amo na vida, correr.

Quais são os seus principais resultados alcançados desde 2016 até aos dias de hoje?

3º lugar nos CPM 1300 em 2023; Vice-Campeão de Turismos 3 em 2024; 2º lugar em SPA Francorchamp, na Bélgica, numa prova internacional aos comandos dum Honda Civic Type R, na classe D1 B, no Belgium Gentlemen Drivers Club (prova de resistência), em 2025, entre outros resultados, mas estes serão os mais importantes.

Está a correr em Portugal, no Campeonato Portugal Montanha JC Group 2025. Porque está a correr atualmente nesta categoria?
Com a evolução do Fiat Punto para um Citroen Saxo fui “obrigado” a entrar nesta categoria.

Se pudesse qual seria o carro que gostaria de conduzir?
Era o Porsche 911.

Actualmente está a correr com que carro um Citroen Saxo, mas há projetos para mudar de carro para 2026?
Não, para já nada, talvez em 2027… quem sabe…

Mas falando da próxima época de 2026, que planos é que já existem?
Para já, angariar patrocínios para podermos delinear a próxima época. Vai depender muito do que conseguirmos angariar, mas a velocidade poderá ser uma novidade.

Sobre o carro com que correu nesta época, neste caso o Citroen Saxo, quais os aspetos positivos e negativos do comportamento deste carro?
O carro é muito ágil, nervoso e bastante competitivo. Temos vindo a evoluir o carro de ano para ano, pois tem muito potencial de evolução. Tem sido um excelente carro, pois não temos tido grandes problemas ao longo destas duas épocas, é um fiel companheiro.

Mas é um carro no qual é fácil encontrar os set up correctos?
Os Set Up dependem muito dos traçados das rampas por onde passamos, é sempre um desafio. Mas temos conseguido chegar aos nossos objetivos, dentro das nossas limitações.

Para quem anda lá dentro de vez em quando surgem uns sustos…
Quem anda nestas aventuras apanha sempre alguns sustos, mas nunca resultaram em acidentes. Servem sempre para uma evolução constante de prova para prova.

Que balanço faz desta época?
O balanço foi positivo, pois esta época, devido a evolução que tivemos de fazer no Citroen Saxo, só fizemos cinco rampas, pontuando 3º lugar em quatro das cinco rampas, conseguindo assim o 2º lugar na classe 11 e 5º na geral de Turismos 3”.

Para se poder correr tem de se ter apoios, como é que está a equipa da Brazcar Racing /Cirac nesse campo?
Não é fácil encontrá-los, atualmente é muito difícil. Para 2025, tivemos alguns e com isso conseguimos concluir a época.

A participar de forma assídua no Campeonato Portugal de Montanha, qual a sua opinião sobre a categoria em que tem estado a competir. Pensa que poderia haver melhorias?
Penso que poderia existir evoluções e melhoramentos no CPM, de forma a que não existisse tanta diferença entre as mesmas. Exemplo: um Saxo pode correr em 3 categorias diferentes…

Quais as provas que mais e menos gosta?
As que mais gosto são o Circuito de Vila Real; SPA Francorchamp; Rampa de Santa Marta; Rampa da Covilhã e Rampa da Arrábida; Rampas de Boticas e Falperra. A do Caramulo, por ser uma rampa muito curta, é que menos gosto.

 

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