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Por uma Floresta de Ovar Viva! – Por Daniela Patarena e Álvaro Reis

O Executivo Municipal já demonstrou claramente que mantém interesse nos cortes previstos e nos compromissos assumidos (que geram uma assinalável fonte de receita).


Na verdade, a Câmara Municipal de Ovar é a dona do território, pelo que lhe é absolutamente legítimo pedir a suspensão do PGF, nem que seja até à sua reavaliação e eventual alteração, com a participação de todos e não apenas com a intervenção do ICNF à revelia dos interessados, como aconteceu com o último plano.

No interesse do concelho e da Floresta de Ovar, não faz qualquer sentido que a Câmara Municipal se limite a implorar a revisão do plano, permitindo a continuidade dos cortes previstos.

Estes processos administrativos levam tempo e, enquanto se discute o plano, já tudo foi cortado…

Depois do anterior PGF, que foi alvo de contestação e de uma petição apresentada na Assembleia da República, da qual resultou uma recomendação ao Governo, o plano foi suspenso e elaborado um novo (o atual), que, importa dizê-lo, piorou consideravelmente o anterior.

Pedir uma revisão do PGF, sob responsabilidade exclusiva do ICNF e sem a participação de todos os interessados, poderá não só não resolver nada, como até agravar o cenário previsto para a nossa Floresta de Ovar.

O Executivo PSD + Lígia Pode está a dar continuidade à política anterior, que tanto tem prejudicado o nosso ambiente.

A cumplicidade existente vai muito além de um acordo político; é, no nosso entender, uma verdadeira COLIGAÇÃO NEGATIVA, que defrauda o eleitorado e os princípios do Programa Eleitoral na área do Ambiente.

Rasga o Pacto Ambiental celebrado com a Associação Ambientalista +Pinhal e com todas as forças políticas da então oposição: PS, AGIR, CHEGA, M2030, BE e CDU, durante a campanha eleitoral, nos Bombeiros Voluntários de Ovar.

O silêncio cúmplice da Vereadora a Meio Tempo esquece a proposta eleitoral diferenciadora e amplamente elogiada pelos ambientalistas relativamente à Área Protegida da Floresta de Ovar.

Esta mudança de atitude é nefasta para o Município de Ovar.
É preciso honrar os compromissos; saber estar é uma virtude.

Transparência é assumir o compromisso ambiental proposto ao eleitorado, não andar a fazer fretes ao PSD.

É necessária firmeza política perante o ICNF, exigindo a suspensão imediata do PGF.

Daniela Patarena, Deputada Independente à Assembleia Municipial de Ovar


Álvaro Reis, Ambientalista; fundador da Quercus, da Fapas e responsável do programa ambiental da plataforma cívica.

Ovar, 23 de Novembro 2025.

 

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