Política

AM: O desinteresse da imprensa, a cultura e a defesa da costa

O deputado do BE, José Lopes, fez, na última sessão ordinária da Assembleia Municipal, uma reflexão sobre o que considera o “desinteresse da imprensa local, regional ou nacional pela actividade deste órgão autárquico”.

O eleito não duvida de que “o artigo 44º do regimento deste órgão autárquico, referente aos órgãos de comunicação social, está a ser cumprido, nomeadamente a distribuição com a devida antecedência, da ordem de trabalhos de cada sessão”, mas mesmo assim interroga-se sobre a habitual referência aqui feita à comunicação social, sobretudo quando não é visível a presença de qualquer órgão na sala, para, no exercício da liberdade de imprensa e do interesse público, acompanhar o debate democrático entre as várias forças partidárias representadas na Assembleia Municipal bem como as suas decisões”.

José Lopes lamenta que as sessões da Assembleia Municipal tenham deixado de merecer da imprensa “qualquer atenção, para levar junto dos munícipes e dos leitores a vivência e o exercício da democracia do poder local, como órgão deliberativo do município”.

Por seu lado, a deputada do PSD, Carla Dias deixou palavras elogiosas à aposta na cultura do Município que, considera um investimento no crescimento económico. “Com as iniciativas vêm as pessoas, e essas pessoas trazem outras pessoas e o nome de Ovar vai sendo ouvido mais e muitas vezes”, disse.

E no seguimento da “política cultural arrojada, personificada pelo vereador Alexandre Rosas”, Carla Dias destacou a nova organização do Carnaval 2015, com “uma dinâmica cultural que a todos nos deve deixar orgulhosos”.

Do lado socialista, José Fragateiro alertou para o perigo das “praias de Esmoriz, Cortegaça, Maceda e Furadouro poderem desaparecer se o mar
não for travado, através da injecção de muitos milhões de metros cúbicos de areia”.

Lembrou o GTL (Grupo de Trabalho para o Litoral) que, “no seu recente relatório acaba com alguns mitos no que respeita à protecção costeira diz ser incompreensível que continuem com a ideia de que é necessário mais pedra para a defesa das frentes dos aglomerados em risco após os temporais”.

O Grupo de Trabalho contesta a ideia de que “alimentar praias com areia é deitar dinheiro aomar” e contrapõe com a necessidade de “ evidenciar as razões técnicas que justificam a colocação de sedimentos nos sistemas costeiros”.

Aquando das últimas intempéries, Fragateiro sugeriu que seria de aproveitar os muitos milhares de metros cúbicos de areia que se encontravam no Porto de Aveiro, cedidos a custo zero, ou a draga que também ali se encontrava e que permitiria alimentar artificialmente o nosso litoral, a partir de terra ou do mar.

Assim, defende que, hoje, seja altura de pedir areia para nossas praias, “para não (re)tornarmos a viver as angústias de um passado bem recente e ainda bem vivo na nossa memória”.

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