As desilusões de Salvador Malheiro
Na euforia da noite eleitoral “laranja” de domingo, em que até Rui Rio marcou presença em Ovar, Salvador Malheiro não conseguiu evitar duas desilusões.
Desde logo o resultado obtido nas urnas da União das Freguesias de Ovar, São João, Arada e São Vicente de Pereira (UFO), uma forte aposta por parte do PSD, que embora tenha aumentado o ‘score’ eleitoral não conseguiu vencer.
Se Válega era dada como uma freguesia perdida, a esperança de roubar a junta da UFO ao PS era grande e a candidatura de João Duarte teve o empenhamento pessoal de Salvador Malheiro, na última semana de campanha que incluiu um comício com música, comes e bebes numa zona densamente habitada de Ovar.
João Duarte subiu a votação do PSD, mas a questão é que o candidato socialista, Bruno Oliveira, também conseguiu mais votos do que há quatro anos, muito embora não tenha alcançado, mais uma vez, a maioria absoluta.
Para Salvador Malheiro, líder da distrital de Aveiro, a vitória em “casa” deixaram-no esquecer, mas apenas por instantes, os surpreendentes desaires eleitorais no distrito em que o PSD perdeu as Câmaras de Oliveira de Azeméis, São João da Madeira e Oliveira do Bairro.
“Os resultados nacionais e distritais foram maus”, anuiu o presidente ovarense, admitindo que “não estava à espera”. “Os resultados são para analisar nos fóruns devidos, com calma”, prometeu.
O PSD mantém, no entanto, a hegemonia no distrito de Aveiro, com a presidência de oito autarquias, duas das quais em coligação, numa eleição que ficou marcada pela mudança de cor política em quatro municípios.
No entanto, o PSD é mesmo o derrotado da noite eleitoral no distrito, onde perdeu três autarquias, duas para o PS e uma para o CDS-PP, mantendo as câmaras de Espinho, Ílhavo, Murtosa, Ovar, Santa Maria da Feira e Vagos, além de Aveiro e Estarreja, estas duas últimas em coligação.