Autor da Ponte S. Silvestre distinguido com prémio internacional
João Ramôa Correia esteve envolvido nos projectos das pontes pedonais São Silvestre, em Ovar, e São Mateus, em Viseu, e na concepção de um protótipo de uma habitação para albergar uma família em situação de emergência, com recurso a materiais compósitos, considerados mais resistentes e leves, apesar dos custos elevados a curto prazo.
Os polímeros reforçados com fibras começaram a ser usados, contra a corrosão, na construção de barcos, aviões e naves espaciais, mas estão a ser utilizados em edifícios e pontes, sobretudo nos Estados Unidos, no Canadá e no Japão, disse o docente à Lusa.
Actualmente, João Ramôa Correia está a estudar o comportamento dos materiais compósitos em caso de temperaturas elevadas e sismos, e em soluções de reabilitação de edifícios antigos, nomeadamente a substituição do chão das casas com lajes feitas com estes materiais (que têm pelo menos dois componentes, com propriedades físicas e químicas distintas, por exemplo polímero e fibra de vidro).
O prémio Jovem Investigador 2016 do Instituto Internacional de Polímeros Reforçados com Fibras na Construção, sem valor monetário, é atribuído, de dois em dois anos, a membros da organização com menos de 40 anos que se tenham notabilizado no estudo, no ensino e na aplicação destes compósitos na engenharia civil.
O júri é constituído por ex-premiados da instituição.
O instituto, com sede no Canadá, é formado por professores e investigadores do ramo, de universidades de vários países.
Natural de Lisboa, onde nasceu em 1978, João Ramôa Correia é formado em engenharia civil, sendo professor associado do Instituto Superior Técnico desde 2013, nas áreas de reabilitação e novos materiais.
Em 2012, foi premiado pela Associação Internacional de Engenharia de Estruturas e Pontes.