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Avenida cheia para ver o Festival Internacional de Circo

Praia do Furadouro, noite de segunda-feira. Uma multidão ri a bandeiras despregadas com as diabruras do palhaço Ritalino. Ainda falta um quarto de hora para o show do brasileiro terminar e o palco dos espanhóis Trésperté, cujo número se inicia a seguir, já tem centenas de pessoas a guardar lugar.

A IV edição do Festival Internacional de Circo do Furadouro terá sido o mais concorrido de sempre. Os espectáculos ajudaram, o tempo deu uma mãozinha e acendeu-se um “clima” na avenida.

“A adesão das pessoas foi muito boa, com muita gente a ver os espectáculos, mesmo com o tempo que está muito bom e que poderia levá-las a outros sítios”, disse Nuno Pinto, coordenador do festival.

“A qualidade dos espectáculos também ajudou, porque tivemos números muito bons”, concorda o organizador, considerando que o certame é uma “aposta ganha, pois todas as companhias nos dão os parabéns pelos artistas que conseguimos reunir aqui e por isso, julgo que o caminho é para continuar”.

Domingo e segunda-feira, palhaços, malabaristas, acrobatas e outros artistas deram à costa ovarense em 16 apresentações asseguradas por uma comitiva internacional.

No cartaz deste ano, destacaram-se “Lullaby”, um jogo de improviso do “clown” Rui Paixão, e “In Concertina”, do palhaço-maestro brasileiro Tiago “Ritalino” Marques que por cá iniciou a sua digressão europeia. Antes de viajar para Barcelona, o palhaço brasileiro disse-nos que a “recepção que tive aqui foi fantástica“ e que esta foi uma “oportunidade maravilhosa” que não esquecerá tão cedo.

Seguiram-se os espanhóis da companhia Tresperté, oferecendo um espectáculo de excepcional qualidade de virtuosismo e comédia, em doses perfeitas. O público não arredou e aplaudiu intensamente.

Numa organização da União das Freguesias de Ovar, São João, Arada e São Vicente de Pereira Jusã, este será, muito provavelmente, o único certame do género a decorrer numa estância balnear, “o que aumenta a nossa responsabilidade de tentar encontrar os melhores espectáculos, ano após ano, dentro de um orçamento que é reduzido”, resume Nuno Pinto.

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