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Bosch assina contrato de 2.000 milhões com Renault Nissan

O grupo Bosch assinou um contrato de 2.000 milhões de euros para produzir soluções de entretenimento e navegação para a Renault Nissan, sendo a unidade de Braga responsável por 65% da produção, anunciou hoje a subsidiária portuguesa.

“Assinámos o negócio de todos os tempos da divisão CM [Car Multimedia] com a Renault Nissan que vai valer 2.000 milhões de euros durante um período de cinco anos, vai ser uma plataforma mundial”, afirmou o representante da Bosch Portugal, Carlos Ribas, num encontro com jornalistas.

“A partir de meados de 2018 tudo o que seja Renault Nissan vai ter uma plataforma CM” que vai ser produzida, além de outras duas geografias, em Braga, adiantou, referindo que “65% da produção” vai ser feita naquela fábrica.

Aliás, o sindicato da Bosch da Alemanha já autorizou a expansão da unidade de Braga, que “vai crescer substancialmente nos próximos tempos”, adiantou.

O projeto de investimento para aquela unidade é de 38 milhões de euros, o que inclui a aquisição de terrenos e a construção do edifício, que estará concluído em finais do próximo ano.

“A segunda fase [do projeto] são mais nove milhões de euros”, a qual estará terminada em 2019/2020, sendo que a unidade de Braga irá crescer “fortemente” na área de desenvolvimento de soluções para o setor automóvel.

A empresa alemã está a trabalhar com a Universidade do Minho na área da condução autónoma. Atualmente com 50 engenheiros para esta área, a Bosch Portugal vai crescer para 120 até final do ano.

“O grosso do ‘hardware’ de condução autónoma vai ser em Braga”, disse, explicando que tal passa por produzir dispositivos que comunicam entre si e permitem a condução autónoma.

“Não deve haver países mais evoluídos [nesta área] do que Portugal”, salientou.

Carlos Ribas referiu ainda que a Bosch Portugal tem uma parceria com a Brisa, que “vai disponibilizar dois troços de autoestrada para testar os veículos este ano”.

Este ano, a subsidiária do grupo alemão estima investir perto de 100 milhões de euros em Portugal.

Relativamente à unidade de Ovar, que era a fábrica mais pequena do grupo, com 250 colaboradores, conta agora “com mais 500”.

Ora, “como vamos transferir uma parte do negócio de Braga para Ovar, vão chegar aos 700”, adiantou.

“A Bosch tem tido um grande contributo para a economia portuguesa”, disse.

No ano passado, as vendas da Bosch Portugal “quebraram a barreira dos 1.000 milhões de euros”, adiantou Carlos Ribas, mais concretamente 1,1 mil milhões de euros, mais 18% do que em 2015.

A unidade de Braga cresceu 36%, a de Ovar 11% e a de Aveiro manteve o mesmo nível do ano anterior.

Para este ano, “as vendas nunca vão ser menos que isso [1,1 mil milhões de euros]”, acrescentou, sem adiantar previsões.

Em 2017, o grupo já contratou 500 pessoas, na sua maioria para a fábrica de Braga, e irá contratar outras tantas até final do ano.

“Temos conseguido trazer alguns engenheiros de Inglaterra, Holanda, Áustria, Alemanha e Suíça que emigraram numa altura difícil e agora querem regressar”, adiantou.

Já Javier González, responsável do grupo para a Península Ibérica, destacou que a Bosch “cresceu em Portugal quatro vezes mais que o grupo”.

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